Categories: Dilma Rousseff

O discurso de Dilma na Assembleia Geral da ONU

Share

No discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral da ONU, Dilma criticou intervenções militares dos EUA e a ofensiva de Israel em Gaza. Presidente citou ainda eficácia do Brasil no combate à fome a à miséria

Dilma abriu nesta quarta-feira (24) a 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (divulgação)

No discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (24/09), a presidente Dilma Rousseff criticou a realização de intervenções militares, como a que os Estados Unidos iniciaram recentemente no Iraque e na Síria, e voltou a criticar a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

Ao falar por pouco mais de 20 minutos, Dilma argumentou que “a cada intervenção militar, não caminhamos para a paz” e que os conflitos existentes atualmente no mundo deve ser resolvidos de forma permanente. “A cada intervenção militar não caminhamos para a paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos. Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios.”

Israel e Palestina

A presidente reiterou a posição de seu governo no que se refere à ofensiva de Israel à Faixa de Gaza, condenando o “uso desproporcional da força”. “Não podemos ser indiferentes com Israel e Palestina”, afirmou Dilma, que defendeu a solução de dois Estados para Israel e Palestina. Em julho, o Itamaraty condenou os ataques israelenses, o que gerou uma polêmica diplomática entre os países.

Redução da pobreza

Dilma também destacou as “ações afirmativas” promovidas pelo Brasil pela redução da desigualdade e comemorou a retirada do País do “mapa da fome”, conforme anúncio recente da FAO, braço da ONU para Alimentação e Agricultura.

Além das ações de distribuição de renda, Dilma afirmou, ao mesmo tempo, que “não descuidamos da solidez fiscal”. “Soubemos dar resposta à grande crise internacional”, disse, lembrando que a inflação continua no centro da meta estabelecida pelo governo e que o País empregou, evitou a redução de salários, continuou a estimular renda e manteve os investimentos em infraestrutura enquanto outros países desempregavam. Dilma defendeu também políticas em defesa das mulheres e condenou o racismo.

Assista a íntegra do discurso de Dilma na ONU: