Se eleita, com quem Marina Silva pensa que vai governar? Claro que sabe que recorrerá aos partidos maiores e será por eles chantageada. O purismo é impraticável; Lula e o PT deixaram isso bem evidente
As primeiras propagandas eleitorais do PSB, tendo agora Marina Silva à frente, revela a falta de estrutura da composição que Eduardo Campos fez com a mesma. Bastou a ausência dele para que todos os contrastes representados aparecessem.
Marina está se desentendendo não apenas com o PSB, porém também, e principalmente, com ela mesma.
Não consegue achar um discurso seguro ou, pelo menos, não tão titubeante como o que vem mostrando nas primeiras edições do Guia Eleitoral.
Ao mesmo tempo em que diz que as pessoas competentes que necessita para concretizar seu projeto estão em todos os partidos, ela discrimina o PT no Rio de Janeiro e o PSDB em São Paulo, negando-se a subir nos respectivos palanques.
Mesmo sabendo que todos os partidos são divididos em tendências, é um péssimo cartão de visita para uma candidatura a exposição desses desentendimentos já no início da campanha eleitoral.
Se eleita, com quem Marina pensa que vai governar? Claro que sabe que recorrerá aos partidos maiores e será por eles chantageada; ao menos um deles estará na sua cola.
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