O Bóson de Higgs (ou Partícula de Deus) foi proposto há mais de 40 anos para explicar a origem das massas das partículas pelo físico Peter Higgs
O bóson de Higgs tem potencial para destruir o Universo.
Essa é a conclusão do físico teórico Stephen Hawking em prefácio do livro “Starmus”, uma coletânea de palestras de cientistas e astrônomos, como Neil Armstrong e Buzz Aldrin.
Segundo Hawking, níveis energéticos muito elevados da partícula podem torná-la instável.
Esse processo causaria uma decadência catastrófica do vácuo, o que levaria a um colapso do espaço e tempo.
Porém, um desastre como este é improvável. Isso porque os físicos não têm um acelerador de partículas grande o suficiente para criar um experimento desse tipo.
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Segundo Hawking, o potencial da partícula é preocupante apenas em níveis energéticos acima de 100 bilhões de GeV (giga elétron-volts, medida padrão para a massa de partículas subatômicas).
Mas uma máquina dessas precisaria ser maior do que a Terra e é improvável que seja financiada no atual clima econômico.
O LHC e a Partícula de Deus – Atualmente, o LHC, o Grande Colisor de Hádrons, do Cern (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear), é considerado o maior acelerador de partículas do mundo.
É nele onde os cientistas buscam resolver as lacunas da física moderna.
O acelerador é capaz de colidir partículas, como prótons, quando dois feixes de energia são disparados em direções opostas.
A máquina faz as partículas subatômicas viajarem a velocidade da luz para simular as condições do Big Bang, explosão que deu origem ao Universo há mais de 14 bilhões de anos.
Foi dessa forma que os físicos comprovaram a existência do bóson de Higgs, também conhecido como Partícula de Deus.
Segundo a teoria moderna do Modelo Padrão, essa partícula e o campo energético a ela associada foram responsáveis por conferir massa à matéria após o Big Bang.
O Bóson de Higgs foi proposto há mais de 40 anos para explicar a origem das massas das partículas pelo físico Peter Higgs. Ele sugeriu que todas as partículas não possuíam massa logo após o Big Bang.
Conforme o cosmos esfriou, um campo de força invisível, o “campo de Higgs”, se formou com seus respectivos bósons (um tipo de partícula subatômica).
O campo permanece no cosmos e qualquer partícula que interaja com ele recebe uma massa através dos bósons. Quanto mais interagem, mais pesadas se tornam.
Nota: o bóson de Higgs ficou conhecido como Partícula de Deus após a publicação do livro “A Partícula de Deus: Se o Universo é a resposta, qual é a pergunta?”, escrito em 1993 pelo físico Leon Lederman, ganhador do Prêmio Nobel.
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