Ator Herson Capri publica texto em que explica seu voto em Dilma
Em texto intitulado "Dilma Rousseff, com orgulho" Herson Capri explica as razões do seu voto para presidente em 2014. O artigo, publicado no jornal O Globo, provocou a ira de um blogueiro da revista Veja
O ator Herson Capri publicou nesta quarta-feira um artigo no jornal O Globo em que defende a reeleição da presidente Dilma Rousseff. “Todos os candidatos à Presidência da República sempre prometem governar para os mais pobres e nenhum deles jamais cumpriu. Dilma e Lula prometeram e cumpriram. Com resultados inéditos e expressivos”, escreveu o ator, em um de seus argumentos. O texto provocou a ira do blogueiro Rodrigo Constantino, conhecido como o ‘menino maluquinho da Veja’, que chamou o ator de “mais um inocente útil a serviço de uma máfia”.
Leia abaixo o texto de Herson Capri.
Dilma Rousseff, com orgulho
Por Herson Capri
Ainda adolescente torci pela legalidade com Jango e fiz parte da resistência à ditadura militar, depois participei da campanha das Diretas, fui cabo eleitoral do Brizola, lamentei a eleição de Collor. Em seguida, sem Brizola, passei a votar no Lula. Agora voto na Dilma. Com muita convicção.
Todos os candidatos à Presidência da República sempre prometem governar para os mais pobres e nenhum deles jamais cumpriu. Dilma e o PT prometeram e cumpriram. Com resultados inéditos e expressivos.
Todos os candidatos sempre prometem combate à corrupção, mas nunca fazem nada. Dilma e o PT tiveram correligionários e amigos investigados, julgados, condenados e punidos. Nunca vi um governo deixar fluir os preceitos republicanos e democráticos como faz o PT, mesmo em detrimento de seus pares. Dilma e o PT aceitaram as punições, não tomaram nenhuma atitude concreta contra, apenas emitiram suas opiniões a respeito das condenações. E o combate à corrupção sempre esteve presente nesse governo. Basta ver a autonomia da Polícia Federal.
VEJA TAMBÉM: Gregorio Duvivier é agredido após declarar voto em Dilma Rousseff
O verdadeiro desenvolvimento, a meu ver, está no nível de emprego e no poder aquisitivo das populações mais carentes. Ninguém pode contestar que atingimos a menor taxa de desemprego da história recente do país, uma das menores do planeta, apesar da crise internacional. Também é incontestável que o poder aquisitivo da população de baixa renda subiu consideravelmente no período de governo do PT. E, para mim, ética é, antes de mais nada, jamais ignorar quem sofre.
Além disso tudo, a nossa imagem no plano internacional nunca foi tão positiva. Aquela nossa velha subserviência aos Estados Unidos acabou. Nossas contas internacionais estão melhores do que nunca. Agora temos crédito. Nunca tivemos. Dilma atravessou a ditadura, venceu a tortura, o exílio, um câncer, é e sempre foi uma senhora trabalhadora, uma guerreira, mãe e avó, tem 66 anos, tem firmeza e doçura, é mulher. A primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil.
SAIBA MAIS: Jornal afasta colunista que sugeriu “trancar as domésticas no dia da eleição”
Por tudo isso merece, no mínimo, o respeito de todos, especialmente dos seus opositores. Admiro profundamente a nossa presidente da República e estou torcendo para que tenhamos uma eleição mais pacífica, menos violenta e, principalmente, com um pouco mais de elegância. Sou Dilma. Com orgulho e muito carinho por ela e pelo nosso povo.