Por meio da assessoria, senador José Sarney critica vídeo em que aperta o 45 na urna de votação, número do PSDB, mesmo usando adesivos da presidente Dilma Rousseff
Após polêmica sobre suposto voto no tucano Aécio Neves [relembre aqui], o senador José Sarney rebate por meio de sua assessoria: “O senador e a presidente Dilma são aliados de longa data e não faz nenhum sentido essa farsa que circula nas redes sociais. É mais uma prova da campanha sórdida que emergiu na internet na disputa deste ano, com o objetivo de usar a rede para manchar reputações”.
Vídeo divulgado na internet mostra imagens ampliadas, exibidas pela TV Amapá, afiliada da TV Globo, em que Sarney, mesmo usando adesivos de Dilma, apertou 45 (número do PSDB) na urna eletrônica.
No momento em que registrou seu voto, Sarney tem um adesivo em que se lê “Dilma 13” na lapela do terno. No vídeo, o cinegrafista focaliza a mão que seria de Sarney digitando 45, número de urna de Aécio Neves. Nesse instante, que não vai ao ar na reportagem, o dedo indicador que seria de Sarney aparece trêmulo, inicialmente apontando para a tecla 1. Depois de certa hesitação, há a escolha no 45 e, em seguida, pressiona-se a tecla confirma.
Nas eleições deste ano, alguns atritos entre o PT e o PMDB, em nível estadual, estremeceram as relações da aliança, com reflexos já em curso no Congresso. No Amapá, o PT se manteve contra a candidatura do governador eleito Waldez Góes, apoiado por Sarney, seu padrinho político. Durante o pleito, Waldez tentou receber o apoio da vice-governador do estado, Dora Nascimento (PT), mas não conseguiu. Presidente do PT no estado, Joel Banha bancou a manutenção da aliança de primeiro turno, em que o partido apoiou o candidato à reeleição Camilo Capiberibe (PSB), derrotado por Waldez no segundo turno.
Sarney também esperou, em vão, que a executiva nacional do PT interferisse na estadual com objetivo de impedir que Dora deixasse a disputa ao Senado. Com apenas uma vaga em jogo, vencida por Davi Alcolumbre (DEM), Sarney queria abrir ao máximo o caminho para a eleição de Gilvam Borges (PMDB), que entrou no pleito porque Sarney desistiu de disputar a reeleição.
Vídeos:
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook.