Mesmo com importante agenda legislativa, Aécio Neves não colocou os pés no Senado Federal nesta semana. Ex-presidenciável tucano havia prometido fazer 'oposição incansável' ao governo Dilma
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) anunciou que faria uma “oposição incansável” ao governo federal depois que perdeu a corrida presidencial, mas desde o fim das eleições não tem sido um parlamentar assíduo no Congresso. O tucano não compareceu às sessões do Senado esta semana, no momento em que o escândalo de corrupção da Petrobrás atingiu o seu ápice, com a prisão de dirigentes das principais empreiteiras do País e em que a base aliada tenta aprovar um projeto que, na prática, faz o governo abandonar o cumprimento da meta fiscal em 2014.
Levantamento feito pelo Broadcast no Diário do Senado e no registro de presença da Casa apontou que, nas 11 sessões de votação em plenário desde o segundo turno, Aécio só compareceu a cinco delas. Segundo a assessoria de imprensa do tucano, ele tirou esta semana para descansar, já que havia voltado ao Congresso depois de meses de campanha eleitoral. Aécio também havia ficado fora do Senado na semana imediatamente após o segundo turno.
Depois de ser derrotado pela presidente Dilma Rousseff, o tucano retornou ao Senado no dia 4 de novembro. Na ocasião, foi recebido com festa e aclamado como líder inconteste da oposição. No primeiro discurso que fez na tribuna da Casa, um dia depois, o ex-presidenciável afirmou que iria fazer uma oposição “incansável” e “intransigente” ao governo.
“Faremos uma oposição incansável, inquebrantável e intransigente na defesa dos interesses dos brasileiros. Vamos fiscalizar, cobrar, denunciar”, prometeu. Ele condicionou ainda qualquer “diálogo” com a presidente ao aprofundamento das investigações do que chamou de “petrolão”.
Esta semana, contudo, Aécio não esteve no Senado, mesmo com forte agenda legislativa.
Agência Estado
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook.