Em entrevista ao programa Jô Soares, Gregorio Duvivier relata perseguição por votar em Dilma, pede mais amor, menos ódio, e se declara de esquerda: “Ser de esquerda não é fazer voto franciscano. Eu não quero que todo mundo seja pobre, eu quero que todo mundo seja rico”
Em entrevista ao programa de Jô Soares [vídeo abaixo], na última quarta-feira (12), o ator Gregorio Duvivier relatou a violência que sofreu por ser de esquerda e declarar voto em Dilma Rousseff nas eleições de 2014.
Para Gregorio, as manifestações de ódio se revelam até em detalhes que deveriam ser irrelevantes. “Se você usa o termo ‘presidenta’, já te consideram um ‘petralha’, por que de um lado se fala presidente e do outro presidenta”, disse o ator.
Gregorio, que também é colunista da Folha, falou sobre as agressões que sofreu durante a campanha eleitoral por defender o voto em Dilma. Em um dos episódios, o ator foi abordado em um restaurante onde almoçava. “Eu estava comendo no Leblon e veio um sujeito: ‘Você não gosta de pobre? Então vai comer no bandejão, já que você gosta de pobre e vota no PT. Assim é fácil, gostar de pobre e vir comer no Leblon’”, contou.
O ator explicou ainda que ser de esquerda não é fazer voto de caridade ou idolatrar a pobreza, mas lutar para que o pobre ascenda economicamente. “Ser de esquerda não é fazer voto franciscano. Eu não quero que todo mundo seja pobre, eu quero que todo mundo seja rico”, disse Gregorio, que pediu ainda por mais tolerância e menos intransigência: “vamos parar de dividir o Brasil, pelo amor de Deus. Todo mundo quer o bem do País!”, completou.
Vídeo:
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