Coordenador do MTST, Guilherme Boulos "sugere" a Dilma que indique Lobão, Jair Bolsonaro e Reinaldo Azevedo para a composição de ministérios na nova equipe de governo
Nesta quinta-feira (27), Guilherme Boulos, professor e membro do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), publicou um artigo na Folha de S. Paulo em que critica, em tom irônico, as recentes escolhas da presidenta Dilma Rousseff na formação de sua equipe ministerial. “Joaquim Levy na Fazenda foi uma sacada de gênio, com grande sensibilidade social. Pena que o Trabuco não quis, mas confio que seu subordinado no Bradesco dará conta do recado”, afirmou.
As referências são feitas também a Kátia Abreu, cotada para ser a próxima ministra da Agricultura. “Kátia Abreu na Agricultura achei um pouco ousado demais. Cuidado pra não ser chamada de bolivariana! Os índios e os sem- terra estão em festa pelo país. Não temos dúvidas de que o ministério terá um compromisso profundo com a demarcação das terras indígenas, o combate ao latifúndio e com a Reforma Agrária”, escreveu no texto destinado à presidenta.
Boulos disse ainda que a opção por Armando Monteiro para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) deixaria os detratores de Dilma “sem argumentos”. “Dizem que a senhora não dialoga com a sociedade civil. Ora, como não? A Confederação Nacional da Agricultura em um ministério e a Confederação Nacional da Indústria em outro. Aí está a gema da sociedade civil, as entidades patronais”, ironizou.
No artigo, ele faz algumas indicações de pessoas que seguiriam a mesma linha dos ministros escolhidos até então. Boulos sugere nomes como o do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) para o Ministério das Cidades, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) para a Secretaria de Direitos Humanos, Fábio Barbosa, da revista Veja, para o Ministério das Comunicações, e o cantor Lobão assumiria como ministro da Cultura, após a demissão da petista Marta Suplicy.
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