Juiz chega atrasado, perde voo e manda prender funcionários da TAM. Essa não é a primeira polêmica envolvendo o magistrado Marcelo Baldochi, que, em 2009, foi denunciado por manter trabalhadores em situação análoga à de escravos em uma fazenda no interior do Maranhão
Após perder o horário de embarque de um voo com destino a Rio Preto (SP), o juiz Marcelo Baldochi, titular da 4ª Vara Cível de Imperatriz, no Maranhão, deu voz de prisão a dois atendentes da TAM. O caso aconteceu no último sábado (6). O magistrado chegou ao aeroporto Renato Moreira atrasado, mas insistiu em embarcar. Após ser impedido pelos atendentes da companhia, acionou a Polícia Militar, que levou todos para a delegacia da cidade. Baldochi, no entanto, não apareceu para registrar a ocorrência e eles foram liberados.
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A TAM informou, em nota, que seguiu todos os procedimentos regidos pela legislação do setor. De acordo com o guia do passageiro produzido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o cliente deve se apresentar para o check-in no horário estipulado pela companhia, obedecendo, na maioria das vezes, o prazo de pelo menos uma hora de antecedência.
Essa não é a primeira polêmica envolvendo o juiz Marcelo Baldochi. Em 2009, ele foi denunciado por manter 25 pessoas em situação de trabalho escravo na Fazenda Pôr do Sol, na cidade de Bom Jardim, interior do estado. Os empregados foram encontrados sem quaisquer condições de segurança ou higiene, além de ter sido comprovado que eles precisavam pagar pelo próprio material de trabalho, assumindo dívidas ilegais com o patrão.
No grupo, havia um adolescente de 15 anos que nunca teria ido para a escola. Em 2003, o magistrado estampou mais uma vez o noticiário, ao ser vítima de espancamento, após briga com um guardador de carros.
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