Charlie Hebdo passa de 60 mil para 1 milhão de exemplares
Próxima edição do jornal satírico Charlie Hebdo terá tiragem de 1 milhão de exemplares. Semanário que é publicado às quartas-feiras costuma publicar 60 mil exemplares
A revista satírica francesa “Charlie Hebdo“, que na quarta-feira foi alvo de um ataque que acabou com a vida de 12 pessoas, entre elas do diretor da publicação e quatro históricos cartunistas, terá a próxima edição no dia 14 de janeiro, mas com uma tiragem de um milhão de exemplares.
A notícia foi confirmada pelo advogado e colaborador da revista, Richard Malka, à emissora pública “France Info”.
“É preciso resistir ao medo, ao silêncio, ao ódio, lutar com a razão, com as palavras, com o riso, com o sorriso. É preciso sorrir, se querem nos ajudar, é preciso rir e fazer com que tudo isto tenha um sentido”, disse Malka.
Os sobreviventes do ataque à redação de “Charlie Hebdo”, que estão recebendo mensagens de solidariedade de todo o mundo, serão abrigados na sede do jornal “Libération” e contam igualmente com o apoio de vários meios de comunicação franceses.
A revista terá menos páginas do que suas 16 tradicionais, mas estará em todas as bancas, confirmou Malka, que reiterou que é preciso “tomar consciência” da necessidade de união nacional e de todas as religiões.
Ataque
Dois homens armados abriram fogo contra a sede da revista francesa “Charlie Hebdo”, em Paris, na quarta-feira (7), matando 12 pessoas, das quais oito eram jornalistas. Outras 11 pessoas ficaram feridas –quatro delas ainda estão internadas em estado grave.
De acordo com François Mollins, procurador-geral da República, os dois atiradores armados com rifles automáticos Kalashnikovs invadiram o prédio da revista, rendendo dois funcionários, que foram assassinados em seguida.
Na sequência, eles invadiram uma reunião, que ocorria no segundo andar do prédio, e abriram fogo. Mais dez pessoas foram mortas, entre elas um convidado e um policial que fazia a segurança do diretor da revista. Um segundo policial que fazia a segurança do local foi executado em frente ao prédio.
Um terceiro homem teria esperado do lado de fora do prédio, agindo como motorista durante a fuga dos criminosos.
Agência Efe