Eonomista da Stern School of Business da Universidade de Nova York afirmou estar “cautelosamente otimista” com o Brasil. Na leitura de Roubini, as visões de que o Brasil poderia se aproximar do modelo político e econômico da Argentina e da Venezuela são equivocadas
O economista Nouriel Roubini, da Stern School of Business da Universidade de Nova York, afirmou estar “cautelosamente otimista” com o Brasil. Segundo ele, apesar de haver dúvidas no mercado sobre a disposição da presidente Dilma Rousseff de fazer ajustes na economia, “o custo de não fazer é muito maior”.
“Não há escolha. O custo é um ano de sofrimento, mas é melhor que não fazer e ser um desastre nos próximos quatro anos”, disse Roubini durante palestra em conferência promovida pelo Credit Suisse com investidores.
Na leitura do economista, as visões de que o Brasil poderia se aproximar do modelo político e econômico da Argentina e da Venezuela são equivocadas, já que há no país um grau significativo de moderação política.
Segundo Roubini, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, mostraram ser uma “equipe sólida” durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.
Na avaliação de Roubini, as intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio por meio dos leilões de contratos de swap visam ganhar tempo enquanto as medidas de ajuste fiscal não surtem efeito.
Questionado sobre a validade dessas medidas, o professor afirmou que se trata de “um debate em curso”, pois o movimento do real depende do efeito da nova política econômica e do preço das commodities. O risco é o custo que as intervenções implicam para o BC, ponderou.
O economista também observou que as taxas de juros no país podem ajudar a amortecer um eventual efeito da subida dos juros nos Estados Unidos sobre o real. Nesse sentido, afirmou, o Brasil está mais bem preparado que países emergentes que mantiveram a política monetária mais frouxa. “Pressões, se houver, vão ocorrer por conta de políticas não críveis e não por causa das taxas de juros”, disse.
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Valor Econômico
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