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EUA manifestam admiração pela Bolívia e reconhecem avanços sociais

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EUA manifestam intenção de estreitar laços com Evo Morales após posse do líder indígena. “Temos muito respeito e admiração nos Estados Unidos pelo grande progresso e inclusão social que se registra na Bolívia”

Reunião entre Evo Morales e Barack Obama não deve demorar para acontecer (reprodução)

Com relações rompidas desde 2008, quando o governo boliviano expulsou o embaixador norte-americano do país, Bolívia e Estados Unidos têm buscado uma reaproximação desde o final do ano passado. Neste sentido, o subsecretário de Estado para a Democracia Direitos Humanos e Trabalho dos EUA, Tom Malinowski, que esteve em La Paz para participar da cerimônia de posse do presidente Evo Morales, afirmou que “mais cedo ou mais tarde” ocorrerá uma reunião entre os presidentes de ambos os países.

Malinowski também expressou o “grande respeito e admiração que temos nos Estados Unidos pelo grande progresso e inclusão social que se registra na Bolívia”.

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Após se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, em um encontro qualificado como “excelente”, o subsecretário afirmou que “enquanto for mantida a atmosfera positiva entre os governos, estaremos próximos de chegar a este ponto [de normalização das relações] mais cedo ou mais tarde”.

Malinowski disse ainda que “este é um processo que tem que marchar passo a passo. Não posso dizer quando poderia ocorrer a reunião [entre os mandatários], mas posso dizer que isso é algo que nós gostaríamos de ver em algum momento”.

Em entrevista publicada nesta sexta-feira (23/01) no jornal boliviano La Razón, Evo ressaltou o desejo de que um possível encontro com Barack Obama seja concretizado ainda este ano, mas pontuou que também é necessário que os EUA respeitem a Bolívia.

O líder indígena boliviano lembrou que Choquehuanca defendeu, em dezembro do ano passado, uma reunião de alto nível entre os chefes de Estado, mas ainda não “obteve resposta”.

Morales, por sua vez, aproveitou seu discurso de posse para alfinetar o país norte-americano: “agora os gringos não mandam [na Bolívia], mandam os índios. Esse é o orgulho que temos”, disse para logo após desculpar-se com a delegação dos EUA e saudar a sua presença.

As relações entre os países estão congeladas desde 2008, quando o governo boliviano expulsou o embaixador norte-americano Philip Goldberg, acusado de apoiar uma conspiração interna no país. Como resposta, os EUA expulsaram o embaixador boliviano Pablo Guzmán do país e retiraram as preferências tarifárias.

Evo também expulsou a DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos, e em 2013 também determinou a saída do país da Usaid (Agência para o Desenvolvimento Internacional).

Luta indígena

Em uma carta enviada ao presidente Evo Morales, a indígena guatemalteca e Prêmio Nobel da Paz em 1992 Rigoberta Menchú afirmou que o terceiro mandato de Evo consolida a luta pela emancipação dos povos indígenas.

Menchú disse que a luta é imposta frente às ações imperialistas e ocidentais que ainda pretendem seguir submetendo as nações do continente e do mundo e inviabilizar os povos originários.

Ela também expressou os melhores desejos de êxito e que as “energias do Cosmos e do Universo e a sabedoria das avós o guiem na consolidação das bases do ‘Bom Viver’ e a plena soberania no conjunto das nações”.

Opera Mundi

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