Assim como Dilma Rousseff, rei da Holanda se envolveu pessoalmente nos trâmites para tentar evitar a execução de um dos cinco estrangeiros fuzilados no sábado na Indonésia
O rei da Holanda, Willem-Alexander, se envolveu pessoalmente nos trâmites para tentar evitar a execução de Ang Kiem Soei – um dos cinco estrangeiros fuzilados no sábado (17/01) na Indonésia. O monarca conversou com o presidente indonésio, Joko Widodo, para pedir clemência para o cidadão holandês, sem sucesso. O mesmo procedimento foi adotado pela mandatária brasileira, Dilma Rousseff. Vietnã, Maláui e Nigéria não se pronunciaram a respeito da morte de seus cidadãos.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, também entrou em contato com Widodo para interceder por Soei. O resultado foi classificado pela chancelaria holandesa como “trágico e muito decepcionante”.
Como resposta ao que considerou ser “uma inaceitável negação da dignidade humana e da integridade”, o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Bert Koenders, disse neste domingo (18/01) que convocou o embaixador do país europeu na Indonésia, Nikolaos van Dam, para voltar a Amsterdã para consultas. O gesto, também realizado pelo governo brasileiro, indica um descontentamento com a política da indonésia e pode comprometer as relações bilaterais entre os países.
Em um comunicado divulgado hoje, Koenders ressaltou que o governo holandês fez tudo o “que foi possível” para evitar a execução, tendo realizado diversos contatos com o governo de Joko Widodo neste sentido.
“A Holanda continua a ser contra a pena de morte e a execução de prisioneiros. É um castigo cruel e desumano”, afirmou Koenders. Ele ressaltou ainda que o país seguirá com os esforços para combater a pena de morte na Indonésia e em todo o mundo”.
O governo brasileiro afirmou que execução de Marco Archer Cardoso Moreira cria “uma sombra” nas relações diplomáticas entre os países, como confirmou o chanceler do país, Mauro Vieira, em entrevista coletiva concedida ontem.
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