Redação Pragmatismo
Preconceito social 13/Jan/2015 às 18:50 COMENTÁRIOS
Preconceito social

Jornalista propõe cobrança de entrada em praias da Zona Sul do Rio de Janeiro

Publicado em 13 Jan, 2015 às 18h50

Hildegard Angel sugeriu que entradas nas praias da zona sul do Rio de Janeiro comecem a ser pagas. Medida, de acordo com a jornalista, visaria 'solucionar' casos de violência. Texto foi retirado do ar após repercussão negativa

praia arpoador rio de janeiro
Banhistas lotam a praia do Arpoador, na zona sul do Rio de Janeiro (João Laet/Agência O Dia)

Em texto publicado nesta segunda-feira, a jornalista Hildegard Angel sugeria, em dois tópicos, que a redução da violência no verão carioca não merecia ações “titubeantes” do poder público. As medidas propostas, no entanto, geraram uma repercussão negativa e provocaram uma chuva de críticas à Hildegard, que chegou a ser acusada de simpatizar com ideologias nazistas.

Segundo sugestões de Hilde, as autoridades precisam ser “enérgicas e corajosas”, e a população não pode estar sujeita ao medo, à violência e ao vandalismo desenfreados. A primeira medida proposta por Hilde, então, é que “em dias de grande concentração de pessoas nas ruas e praias, nos fins de semana e feriados do verão”, a circulação de linhas de ônibus e metrô no fluxo Zona Norte – Zona Sul seja “drasticamente” diminuída.

A segunda e não menos polêmica sugestão da jornalista, chamada por ela de “plano B radical”, é cobrar entrada nas praias do Leme, Copacabana, Ipanema e Leblon. Segundo ela, que assume que as “soluções” são “antipáticas e discriminatórias”, a justificativa para tais atos é que, do contrário, a vida do carioca seria um caos. Ou, de acordo com ela, caos já é.

O texto de Hildegard Angel foi deletado de sua página original após gerar grande repercussão negativa nas redes sociais. Reproduzimos, abaixo, a íntegra do conteúdo:

O caos já se instalou no Rio, o poder público precisa coragem para agir à altura dele!

Certamente por maior que seja nosso efetivo policial, ele jamais será grande o suficiente para reprimir as hordas e hordas de jovens assaltantes e arruaceiros, que geram intranquilidade atacando cariocas e turistas nesses arrastões do verão no Rio de Janeiro.

É uma crise grave. O poder público não pode nem deve ser titubeante. Há momentos em que ele precisa ser enérgico e corajoso o suficiente para tomar medidas necessárias que desagradem. A população não pode estar sujeita ao medo, à violência, ao vandalismo desenfreados. Há ações que necessitam ser implementadas. Certamente os especialistas sabem quais são, mas sugerir não ofende.

1 – Em tais dias de grande concentração de pessoas nas ruas e praias, nos fins de semana e feriados do verão, diminuir drasticamente a circulação das linhas de ônibus e de Metro no fluxo Zona Norte – Zona Sul, estimulando o aumento do fluxo Zona Norte – Zona Oeste, para haver uma distribuição mais equilibrada da população das praias. Barra, Recreio, São Conrado têm praias imensas, lindas. Modo de evitar concentrações opressivas.

2 – Caso essa providência não alcance resultado, partir para um plano B radical: cobrar entrada nas praias de Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon. Isso pode soar com estranheza para os cariocas, que sempre tiveram a praia gratuita, mas no exterior é a normalidade. Preços módicos, naturalmente.

As medidas são antipáticas e discriminatórias, concordo. Mas ou é isso ou será o caos. Ou melhor, o caos já é. Daí pra pior.

com informações de O Dia

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