Anastasia ao lado de Aécio, seu padrinho político (divulgação)
Vice e sucessor de Aécio Neves em Minas Gerais, o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB-MG) teria recebido do doleiro Alberto Youssef R$ 1 milhão desviado da Petrobras
Nesta quinta-feira (8), a Folha publicou que o ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB), eleito senador em outubro de 2014, também foi citado do depoimento do policial federal que entregava dinheiro desviado da Petrobras a pessoas indicadas por Alberto Youssef.
Segundo o doleiro, Anastasia, que foi vice-governador durante a gestão de Aécio Neves em Minas, teria recebido R$ 1 milhão em espécie durante a campanha eleitoral de 2010. O agente federal disse que levou o montante a um endereço em Belo Horizonte e que, tempos depois, quando Anastasia foi eleito governador, reconheceu sua imagem como o repector dos recursos.
À Folha, Anastasia rechaçou a acusação, que classificou de “fora da realidade”. Ainda de acordo com o jornal, o depoimento está sob análise da Justiça Federal do Paraná e não foi enviado à Procuradoria-Geral da República ainda porque apenas agora, após eleito senador, Anastasia recuperou o foro privilegiado.
Eduardo Cunha
O deputado federal fluminense Eduardo Cunha (PMDB), favorito na disputa pela presidência da Câmara, também foi citado como “beneficiário de propinas” na delação premiada do doleiro Alberto Youssef ao Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Lava Jato.
Nesta quarta (7), a Folha revelou que o procurador-geral da República Rodrigo Janot pedirá ao Supremo Tribunal Federal que Cunha seja investigado por suposta participação nos esquemas de corrupção instalados na Petrobras.
Segundo Youssef, Cunha recebeu valores por intermédio de Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema envolvendo a estatal de petróleo.
Antes da fala de Youssef sobre Cunha vir à tona, um agente da Polícia Federal que trabalhou como “mula” para o doleiro afirmou, também em depoimento às autoridades da Lava Jato, que entregou dinheiro em um endereço que, segundo lhe informaram à época, pertencia a Cunha. Após a repercussão do caso, a defesa do policial Jayme Alves de Oliveira Filho (mais conhecido como Careca) disse que ele não pode confirmar essa informação e que não citou o nome de Cunha.
GGN e Folha
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook