Relatório da entidade Oxfam causou polêmica ao prever que o grupo de 1% das pessoas mais ricas do mundo possuirá, em breve, mais do que o resto da população mundial. A estimativa foi baseada em pesquisa do banco Credit Suisse, que estimou a riqueza total das famílias em todo o mundo em 2014 em US$ 263 trilhões (R$ 678 trilhões).
Isso é riqueza, não renda. É calculado como ativos menos dívida.
Obviamente, bilionários como Bill Gates, Warren Buffett e Mark Zuckerberg fazem parte deste 1%. Mas quem mais? Segundo o Credit Suisse, outras 47 milhões de pessoas – todas com uma riqueza equivalente ou superior a US$ 798 mil (R$ 2,06 milhões).
Isso inclui muitas pessoas em países desenvolvidos que não se consideram ricas, mas que possuem uma casa quitada ou já tenham pago parte significante de suas hipotecas.
Entre elas, estão 18 milhões de pessoas nos Estados Unidos, o país com maior número de integrantes no grupo do 1%.
São 3,5 milhões na França, 2,9 milhões no Reino Unido e 2,8 milhões na Alemanha. A Alemanha tem a maior economia da Europa e a razão por ter menos pessoas ricas, segundo o Credit Suisse, é que tem níveis menores de pessoas com casa própria.
Há dois países asiáticos com mais de 1 milhão de pessoas entre as mais ricas: Japão (4 milhões) e China (1,6 milhão).
E aproximadamente 295 mil brasileiros fariam parte desse grupo seleto, de acordo com o Credit Suisse.
O país com a maior proporção de integrantes em relação à população é a Suíça: um em cada dez – ou 800 mil dos 8 milhões – tem patrimônio superior a US$ 798 mil.
Mas o relatório do Credit Suisse não conta a história inteira, já que não leva em conta o custo para comprar bens em cada país, por exemplo. Meio milhão de libras pode comprar um apartamento de um quarto no centro de Londres, mas em outros países compra uma mansão. O estudo também não leva em conta a renda.
Já para estar entre os 10% mais ricos, é necessário ter US$ 77 mil em ativos (R$ 198 mil). E para figurar na metade de cima dos mais ricos do mundo é preciso US$ 3.650 (R$ 9.408).
BBC
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