Suspeitos de ataque ao Charlie Hebdo estão cercados pela polícia
Irmãos Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal satírico "Charlie Hebdo", estão cercados pela polícia e fazem reféns. Eles afirmam que estão dispostos a "morrer como mártires"
Os irmãos suspeitos de terem cometido o atentado à Revista Charlie na última quarta-feira (7) estão cercados em uma fábrica a nordeste de Paris, informaram fontes locais citadas por agências de notícias. Não há informações precisas sobre o número de reféns e se há mortos ou feridos.
Um Peugeot 206 havia sido roubado na manhã desta sexta-feira (9) de uma mulher na região de Oise e seguiu em direção a Seine- et -Marne, próximo a Paris. Segundo o jornal “Le Monde”, a descrição dos assaltantes bate com a dos dois suspeitos do ataques.
De acordo com a imprensa francesa, forças de ordem perseguiram e trocaram com dois suspeitos.
Morrer como mártires
Os irmãos Kouachi teriam conversado com policiais por telefone e afirmaram que querem morrer como mártires, disse membro do parlamento francês no distrito onde a polícia cerca a dupla a nordeste de Paris nesta sexta-feira (9). As informações são da CNN.
Há ainda relatos da mídia sobre um possível refém tomado pelos suspeitos na mesma cidade, que fica a poucos quilômetros do aeroporto Charles de Gaulle.
Os irmãos Kouachi, suspeitos pelas 12 mortos no ataque de quarta-feira (7) são “quase com certeza” os terroristas, disse o porta-voz do Ministério do Interior francês Pierre Henri Brandet.
Comboios de vans da polícia com suas luzes azuis piscando encheram as ruas dos bairros residenciais da região. Um hospital nas proximidades enviou uma equipe médica para a área onde as autoridades estão concentradas. Uma ambulância foi vista na cena, composta basicamente por policiais armados com fuzis.
Ligação com a Al Qaeda
Um dos dois irmãos suspeitos de matar 12 pessoas em na revista satírica Charles Hebbo em Paris viajou ao Iêmem em 2011 e recebeu treinamento terrorista da filial da Al Qaeda antes de voltar para a França. As informações são do jornal New York Times, que cita um alto funcionário americano como fonte.
De acordo com a publicação, Saïd Kouachi, de 34 anos, passou “alguns meses” participando de treinamentos de combate, pontaria e outras habilidades. Autoridades francesas e americanas já sabiam que Kouachi havia treinado no Iêmen.
Enquanto polícia cerca suspeitos de atentado, homem faz reféns em mercado kosher em Paris
Na segundo cerco policial do dia em Paris, um homem armado faz pelo menos cinco reféns em um mercado kosher nesta sexta-feira (09/01) na região de Porte de Vincennes, leste da capital da francesa.
O responsável pelo setor de contraterrorismo da França confirmou que a polícia mantém cercado o mercado kosher, local de venda de produtos e alimentos que seguem as normas alimentícias da religião judaica.
De acordo com as informações reportadas, o suspeito, armado com um fuzil Kalashnikov, seria possivelmente o mesmo responsável pelo caso da policial morta a tiros nesta quinta-feira (08/01). Autoridades francesas já relacionam os dois casos ao ataque à sede da revista satírica Charlie Hebdo, anteontem.
Agências Internacionais