"Agripino, que se apressa em julgar desafetos, agora se vê do lado oposto"
Além de José Agripino, outro que se apressa a ir às redes sociais para julgar qualquer deslize dos adversários é o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Até agora, porém, o senador goiano permanece em silêncio sobre as denúncias de corrupção envolvendo seu aliado
A senadora Fátima Bezerra defendeu que a denúncia do empresário George Olímpio, que acusa o senador José Agripino de negociar propina no valor de R$ 1 milhão durante a campanha de 2010, seja apurada com o rigor da lei.
“Que os órgãos de fiscalização investiguem e a Justiça julgue. Se for considerado culpado, que seja condenado como qualquer cidadão; se for considerado inocente, que seja absolvido. O senador tem corriqueiramente se apressado em acusar, julgar e condenar desafetos. Eu penso diferente”, disse.
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Segundo ela, Agripino deve, como a qualquer cidadão, ter garantida a ampla defesa, como prevê a lei. “Condenar irresponsavelmente alguém – antes que a Justiça democraticamente se pronuncie – como se vê, não é o melhor caminho”, completou.
O silêncio de Caiado
Implacável com a oposição e acostumado a ir às redes sociais para cobrar qualquer deslize dos adversários, o senador goiano Ronaldo Caiado (DEM) ainda não se pronunciou sobre a crise envolvendo o colega de Parlamento e partido Agripino Maia.
No Twitter, onde que atua quase que em tempo real, Caiado não comentou a denúncia e seus seguidores e internautas estão cobrando um pronunciamento do parlamentar.
Denúncia
O empresário do Rio Grande do Norte acusou políticos de Estado de receberem propina em troca da aprovação de leis. Segundo o “Fantástico”, a denúncia foi feita em delação premiada de George Olímpio ao Ministério Público.
De acordo com o depoimento, o esquema envolvia a ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal Wilma de Faria (PSB) e o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado Ezequiel Ferreira (PMDB), além do senador Agripino Maia (DEM).
Olímpio contou que, entre 2008 e 2011, montou um instituto para prestar serviços de cartório ao Detran do estado que cobrava uma taxa de cada contrato de carro financiado no Estado.