Jean Wyllys pondera: “Não podemos ser confundidos com reacionários que pedem impeachment de Dilma”. Bancada do PSOL convocou entrevista coletiva para apresentar alternativas para o que consideram uma crise político-econômica vivenciada pelo país na atualidade
Maíra Streit, Revista Fórum
Nesta terça-feira (10), o deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ) se reuniu com a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados e a Executiva Nacional do partido para apresentar alternativas para o que consideram uma crise político-econômica vivenciada pelo país na atualidade. Na ocasião, Wyllys criticou as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo federal, principalmente no que diz respeito aos direitos trabalhistas e previdenciários.
Porém, em entrevista coletiva realizada no local, o deputado fez questão de explicar que a oposição a Dilma Rousseff nada tem a ver com o golpismo aplicado por outros grupos políticos. “É fundamental que a nossa atuação não seja confundida com as forças políticas reacionárias que estão pedindo o impeachment da presidenta”, ponderou.
O deputado disse que é preciso fazer uma diferenciação entre os parlamentares, independentemente do partido a que pertencem. “Há de se distinguir nossa atuação aqui porque o jogo é bastante complexo: o presidente desta Casa é, em tese, parte da base governista, e esta pessoa se opõe claramente às políticas de direitos humanos. Nós temos, aqui, apoio de petistas nas políticas de direitos humanos. Então, a gente não vai colocar todos os parlamentares petistas no mesmo pacote, não vai tratar todos os parlamentares petistas como corruptos. A gente não vai aderir a este discurso mentiroso”, afirmou.
Hoje, o presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, e a candidata à Presidência da República nas eleições de 2014, Luciana Genro, apresentaram a Carta de Brasília, aprovada nesta manhã em reunião do partido. Reforçaram as propostas do PSOL o líder na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), e o senador Randolfe Rodrigues (AP). Além de Jean Wyllys (RJ), também estiveram na coletiva os deputados Ivan Valente (SP), Edmilson Rodrigues (PA) e Cabo Daciolo (RJ).
Entre as alternativas sugeridas no documento, está a revogação das MPs 664/2014 e 665/2014; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário; barrar o aumento das tarifas de transporte público e implementação do passe livre nacional; aprovação de uma reforma política que amplie a participação e o controle social sobre as instituições públicas; além de punição para os envolvidos no esquema investigado pela Operação Lava Jato.
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook