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O “furo” do UOL saiu com 14 dias de atraso

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Fernando Rodrigues, do UOL, divulgou nesta quarta-feira, 25, o que Portugal já havia divulgado em 11 de fevereiro. A “novidade de segunda mão” está sendo repercutida pelos jornais brasileiros

Fernando Rodrigues, do UOL, divulgou nesta quarta-feira, 25, o que Portugal já havia divulgado em 11 de fevereiro. Blogueiro de UOL é o único com a lista dos nomes dos brasileiros envolvidos no escândalo do HSBC, mas só divulga os nomes que lhe interessam e quando convém (Pragmatismo Político)

Fernando Brito, Tijolaço

Fernando Rodrigues, colunista do UOL que é “dono” da lista das contas secretas do HSBC na Suíça solta mais um pedacinho da sua “verdade seletiva”.

Desta vez, empresários de ônibus, à frente dele a figura emblemática de Jacob Barata.

Aquele que casou a filha numa festança suntuosa no Copacabana Palace, com direito a cenas de Maria Antonieta e Gilmar Mendes, o lento, de padrinho.

O dono da lista justifica a publicação das contas de Barata e não de outras.

“Há interesse público na informação: as linhas de ônibus no Brasil são concessões do Estado”.

Mesmo aceitando o “critério” de Rodrigues – o que é uma tolice, porque todo empresário tira a sua fortuna do público, seja como concessionário, seja como vendedor de produtos e serviços (não dá para comprar um sabonete com o desconto do dinheiro mandado para fora pelo “saboneiro”) fica a pergunta:

E os concessionários de rádios e emissoras de televisão, não são concessionários?

Será o sr. Rodrigues capaz de dizer que não há concessionários da mídia no “listão da evasão”?

A Globo, por sinal, mantinha uma empresa de fachada na mesma Road Town, Ilhas Virgens, onde Barata sediava a empresa que operava a conta no HSBC.

Ou será que Rodrigues publicou o “furo de reportagem” porque, há duas semanas, o Diário de Notícias, de Portugal, já tinha publicado a informação de que Barata era titular de uma conta no banco suíço, republicando informações de um jornal angolano?

Ou seja, é uma “novidade de segunda mão”.

Que os nossos “jornalões”, neste instante, repercutem furiosamente.

Será que vamos depender dos jornais lá de fora para que o “interesse público” exista aqui?

VEJA TAMBÉM: 9 perguntas que ajudam a entender o escândalo do HSBC

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