"A vida é muito curta para ler a Veja (...)", diz Jean Wyllys após se deparar com a reportagem de capa da revista desta semana, que tenta transformar o líder evangélico e presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em grande estadista
A simpatia da revista Veja pelo atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou a atenção do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ). Na reportagem de capa desta semana, Veja apresenta o líder do PMDB como o ‘político mais poderoso do Brasil’. De acordo com Wyllys, a publicação está decidida a tentar transformar Cunha em um ‘grande estadista’, ignorando que ele é réu em processo que será julgado pelo STF por envolvimento na Lava-Jato.
No passado, lembrou Wyllys, a mesma Veja colocou o ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO) em um pedestal, elegendo-o ‘paladino da moralidade e da ética’. Pouco tempo depois, ficou provado que Demóstenes era um corrupto confesso e graúdo. O parlamentar, que teve participação em esquemas fraudulentos junto com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, foi condenado e perdeu seu mandato.
Leia abaixo a íntegra da mensagem de Jean Wyllys:
A vida é muito curta para ler Veja e o fruto de meu trabalho é precioso demais pra gastá-lo com essa revista. Mas, na livraria onde estive há pouco, vi a capa de sua nova edição e a fotografei. Vejam que a revista – que transformou em herói nacional o senador corrupto Demóstenes Torres (DEM-GO), peça-chave do esquema de corrupção de Carlos Cachoeira, do qual também fazia parte um repórter da Veja – decidiu, nessa edição, transformar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em grande estadista (percebam que não há, na capa da revista, qualquer menção ao fato de o presidente da Câmara estar indiciado na operação Lava Jato, que investigou pesado e antigo esquema de corrupção na Petrobras, e denunciado pelo Ministério Público Federal ao STF). O que dizer desse “jornalismo”? Deixem seus comentários…
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