José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, esteve entre os manifestantes no ato pró-impeachment de Dilma em Brasília. O senador, que tem contra si um inquérito no STF após acusações de extorsão e recebimento de propina de R$ 1 milhão, foi protestar 'contra a corrupção' e 'por um país melhor'
O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), não parece nada constrangido com as recentes denúncias de corrupção envolvendo o seu nome. No último domingo (15), ele foi às ruas de Brasília para protestar contra o governo e defendeu o impeachment de Dilma Rousseff. “Era preciso vir para ver e ouvir o que ouvi. Hoje, nós brasileiros fizemos nossa democracia crescer perante o mundo”, escreveu em sua página do Facebook.
Agripino é ex-coordenador da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência e foi um dos citados na Operação Sinal Fechado, sob suspeita de ter cobrado mais de R$ 1 milhão para permitir um esquema ilegal de inspeção veicular no Rio Grande do Norte. Em uma gravação de áudio divulgada pelo Ministério Público no último mês, entre o empresário George Olímpio e o ex-deputado João Faustino, Agripino é acusado de ter exigido a propina em troca de silêncio sobre o caso.
SAIBA MAIS: Detalhes da operação que pode levar José Agripino Maia para a prisão
A presença do político na manifestação não passou despercebida. Nas redes sociais, muitas pessoas mostraram revolta. “Impressionante a cara de pau!”, “Hipócrita”, “Esse cara estar no protesto só mostra que estou do lado certo, #ficaDilma”, foram alguns dos comentários. “Vergonha alheia pela sua presença nesse protesto ‘honrado’, senador. Seria cômico se não fosse trágico”, escreveu um internauta.
Protestando num dia; preso no outro
O lobista Luiz Abi, primo do governador Beto Richa (PSDB-PR), foi preso nesta segunda-feira em Londrina. Luiz Abi, homem forte do governo, teria ganhado uma licitação fraudulenta no ano passado.
De acordo com o Jornal de Londrina, Abi é dono da Providence Auto Center, empresa que levou R$ 1,5 milhão no certame. Além da licitação suspeita, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acredita que a empresa de Abi superfaturava o valor cobrado pelo serviço e peças substituídas.
Para o cunhado de Richa, Avelino Antonio Vieira Neto, Abi era mais que um primo: governava “de fato” o Paraná. “Manda muito mais”, disse ele. No Facebook, se referiu ao lobista como “um dos personagens mais ricos do Paraná”
O mais curioso é que no domingo, 15/03, Abi saiu às ruas para participar dos protestos contra a corrupção e pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Fórum, Abr, e Blog do Esmael Morais
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook