Texto enviado por Zildo de Oliveira Barros a Pragmatismo Político
PM por que me bates? Por que me bates?
Porque eu te ensinei a escrever, trouxe a ti o saber?
Por que me bates?
Porque todo dia eu madrugo, deixo meus filhos no escuro, e saio aos teus filhos ensinar!?
Por que me bates menino?
Você não lembra do ensino que eu passei a você, fui teu mestre e professor, de ti tirei tanta dor, te ensinei a sobreviver, e hoje que revestido da toga de um mau juízo, Policial chegou a ser, me bates e me maltrata, machucas a minha alma, meu corpo tu vem ferir!
Por que me bates mocinho?
Fiquei feliz e tive eu tanto carinho, quando na farda eu te vi, pensei que fui um guerreiro, enfrentei tantos janeiros, frios, chuvas e vendavais, fome, comi para mais de vez, teve dia que apenas as alegrias era ver você ali, sentado naquele banco, com um caderno em branco, tanto eu ensinei a ti!
E hoje numa passeata, pedindo o justo, não maltratei e nem roubei, apenas busco os direitos que o Governo deve a mim, e você ali tão belo, um moço lindo e singelo, por que me bates assim?
Sou mestre e tenho orgulho, se você passou nos cursos, tudo tu deves a mim, mas recebo num repente, quando eu te vi, fiquei ali tão contente, tiros atiras em mim! Venho neste emaranhado, agradecer-te calado, as dores que trazes a mim, mas o orgulho é eterno, sou Mestre e com certeza, cuidarei até de seus netos, Professor sofre assim…
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