Beto Richa (PSDB-PR) recebeu 2 milhões de reais em desvios da Receita Estadual para se reeleger, revela auditor em delação premiada. Senador Roberto Requião pede a renúncia de Richa: "é a única saída para um governador que bate em professor, rouba dinheiro público e desgoverna o estado"
O depoimento de um auditor fiscal pode ter complicado ainda mais a gestão do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB-PR). Em acordo de delação premiada com o Ministério Público e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, o auditor fiscal Luiz Antônio de Souza afirmou que a campanha à reeleição do governador tucano recebeu aproximadamente dois milhões de reais de um esquema de corrupção na Receita Estadual, investigado pela Operação Publicano. As informações foram divulgadas pelos jornais Gazeta do Povo, Folha de S.Paulo e Valor Econômico.
A testemunha afirmou ainda que dois candidatos a deputado estadual e um a deputado federal também teriam sido beneficiados pelo esquema, que consistia em receber propina de empresas para fazer vistas grossas na sonegação de impostos.
Segundo o advogado do delator, Eduardo Duarte Ferreira, o desvio foi feito por ordem de Márcio de Albuquerque Lima, que foi nomeado inspetor-geral de fiscalização da Receita Estadual e que era parceiro do governador em corridas de automobilismo. Souza ainda teria relatado que o inspetor do órgão falava em nome de Luiz Abi Antoun, primo distante do governador.
O desvio teria sido concretizado com três empresas que, assim como as demais achacadas pelos auditores fiscais, tinham dívidas tributárias com o estado. Uma das empresas seria de Arapongas.
Em vídeo divulgado no Facebook, Beto Richa repudiou as acusações. “Nas últimas semanas eu fui alvo de ataques de todos os tipos. Mas agora passaram do limite. Pegaram um criminoso, réu confesso, preso por abuso de menores pra me acusar sem nenhuma prova. Coisa de bandido”, disse Richa.
Requião pede Renúncia
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) coloca a “renúncia” como uma das poucas saídas a um governador que “bate em professor, rouba dinheiro público e desgoverna o estado”, em referência a Beto Richa (PSDB), do Paraná. “Se confirmada a renúncia de Richa parabenizo e me coloco a disposição de Cida Borghetti aqui no senado!”, publicou Roberto Requião em sua página no Twitter, em referência à vice-governadora do Paraná, do PROS.
O pedido foi feito após a denúncia de que Beto Richa usou R$ 2 milhões oriundos de propina da Receita Estadual em sua campanha à reeleição.
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informações de Jornal do Brasil e CartaCapital
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