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Câmara aprova o fim da reeleição para chefes do executivo

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Câmara veta reeleição para chefes do Executivo. Proposta de emenda à Constituição, que ainda terá de passar por segundo turno, veda a recondução aos cargos de presidente, governador e prefeito. Proibição não vale para eleitos pela primeira vez na última eleição

Todos os partidos orientaram seus parlamentares a votar “sim” ao fim da reeleição. Duração dos mandatos e coincidência das eleições devem ser discutidas amanhã (Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados)

O Plenário da Câmara aprovou no fim da noite desta quarta-feira (28), por 452 votos a 19, com 1 abstenção, o fim da reeleição para chefes do Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos), no âmbito da votação da proposta da reforma política. O texto foi aprovado nos termos do relatório do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que prevê uma transição para a proibição: ela não se aplicará a governadores eleitos em 2014 e prefeitos eleitos em 2012, nem a quem os suceder ou substituir nos seis meses anteriores ao pleito subsequente, exceto se já tiverem exercido os mesmos cargos na gestão anterior.

A exceção para o cargo de presidente da República não tem efeito prático, uma vez que a presidente Dilma Rousseff, já reeleita, não poderá se candidatar novamente em 2018, em observância à legislação eleitoral vigente.

A jornada semanal de votações sobre reforma política terá continuidade nesta quinta-feira (28), a partir das 12 horas, quando deputados retomarão a análise por temas, separadamente.

Financiamento

Mais cedo, depois de intensa articulação de bastidor do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputados aprovaram a regulamentação de doação de empresas privadas a partidos políticos. A proposta teve 330 votos a favor, 141 votos contrários e uma abstenção. Foi o primeiro item da reforma política a passar pela Câmara. A proposta também ainda terá de ser aprovada em segundo turno para depois seguir ao Senado.

Apresentada pelo deputado Celso Russomano (PRB-SP), a matéria determina que as empresas poderão doar somente para partidos, e não para candidatos. No entanto, os políticos poderão receber doações de pessoas físicas. Na prática, a proposta regulamenta o financiamento privado de campanhas, já que os partidos poderão receber recursos privados e depois repassá-los aos candidatos. A Câmara ainda formalizará uma lei complementar para regulamentar como isso se dará.

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