Diretora-geral do FMI diz que Brasil está no caminho certo
Em visita ao Brasil, diretora-geral do FMI elogiou os programas sociais brasileiros, como Bolsa Família e Brasil sem Miséria, e destacou as campanhas de vacinação e o fortalecimento das mulheres na sociedade brasileira. "Impressionou-me muito algo que eu não conhecia tão bem até ontem, o esforço para dar autonomia as mulheres, inclusive por meio do treinamento para que se tornem empreendedoras independentes e de sucesso em suas comunidades"
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse hoje (22) que o Brasil age com correção ao adotar as medidas de responsabilidade fiscal, câmbio flexível e a meta de inflação. Para ela, estes são os principais pilares macroeconômicos adotados pelo país nos últimos 15 anos e que deram certo.
Segundo ela, o país obteve “benefícios importantes ao sustentar altas taxas de crescimento e estabilizar a inflação”. Christine Lagarde acrescentou que isso “aconteceu enquanto o pai s reduzia a dívida pública, acumulava reservas internacionais e tirava milho es de pessoas da pobreza”. A diretora-geral do FMI participou do segundo dia do 17º Seminário Anual de Metas para a Inflação, organizado pelo Banco Central, no Rio de Janeiro.
Lagarde destacou que os preços administrados esta o sendo reajustados. Para ela, mesmo sendo uma medida importante tem como efeito colateral o aumento das presso es inflaciona rias. “Para impedir que as alterações nesses preços relativos afetem as expectativas do mercado a médio prazo, a política moneta ria passou acertadamente a adotar uma postura mais restritiva desde o fim do ano passado”, avaliou.
Christine destacou que ha sinais de que essa poli tica esteja surtindo efeito, apesar da inflac a o ainda permanecer elevada em 2015 em func a o dos reajustes dos prec os relativos. “A expectativa e que [a inflação] volte a ficar abaixo do teto da meta em 2016, continuando enta o a convergir para o centro da meta”.
A diretora do FMI reconheceu que a conjuntura do Brasil e da América Latina é difícil, principalmente por causa da perspectiva de alta das taxas juros nos Estados Unidos, mas acredita que o Federal Reserve (FED), o Banco Central americano, pode ter uma sinalização clara das suas medidas o que aliviaria o impacto em outras economias.
“A perspectiva de normalização da política moneta ria norte-americana na o e o elemento central de nossas previso es, mas poderia criar volatilidade no mercado, com implicações mais amplas para a economia mundial. A comunicação eficaz e constante por parte do Fed ajudara a sinalizar decisões futuras de poli ticas e atenuar possíveis movimentos abruptos nos preços dos ativos”, disse Christine Lagarde.
Ela acrescentou que a estimativa do FMI para o Brasil é de uma retração de 1% em 2015 e uma recuperação modesta no ano que vem. A diretora apontou três áreas que precisam ser resolvidas pelo Brasil: o desenvolvimento da infraestrutura, a ampliação da participação do setor privado e a redução de custos para os negócios no país.
“O sistema tributa rio brasileiro e caracterizado por um conjunto complexo de impostos indiretos, inclusive nas esferas estadual e municipal. Isso gera altos custos de cumprimento para os contribuintes”, disse a representante do FMI.
A executiva do FMI voltou a elogiar programas sociais brasileiros como o Bolsa Família e o Brasil sem Miséria. Ela destacou ainda as campanhas de vacinação e o fortalecimento das mulheres na sociedade brasileira. “Impressionou-me muito algo que eu na o conhecia ta o bem ate ontem, o esforço para dar autonomia a s mulheres, inclusive por meio do treinamento para que se tornem empreendedoras independentes e de sucesso em suas comunidades”.
Agência Brasil