Redação Pragmatismo
Lula 13/Mai/2015 às 16:37 COMENTÁRIOS
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Lula defende descriminalização da maconha e manutenção da maioridade penal

Publicado em 13 Mai, 2015 às 16h37

“Sou contra a criminalização da maconha e do usuário. Não tem sentido a polícia pegar um usuário e tratar como se fosse criminoso”, afirmou Lula. Quanto a outro tema polêmico, a redução da maioridade penal, o ex-presidente se posicionou contra a medida

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Revista Fórum

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um debate com 300 jovens no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na noite desta terça-feira (12). A conversa durou mais de duas horas e entre os temas tratados estiveram a política de drogas, a taxação das grandes fortunas, regulação dos meios de comunicação e a redução da maioridade penal.

Sobre a política contra drogas, 0 ex-presidente afirmou ser contra o tratamento dado aos usuários. “O que eu defendo claramente é que sou contra a criminalização da maconha e do usuário. Não tem sentido a polícia pegar um usuário e tratar como se fosse criminoso. No entanto, este é um assunto que tem de ser tratado com muita seriedade”, declarou.

Lula revelou que, em conversas recentes com a presidenta Dilma Roussef, ela teria se comprometido a enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional para taxar grandes fortunas. “Dilma disse que vai mandar o projeto de lei para taxar as grandes fortunas no Brasil. Eu não acredito que com aquele Congresso isso vai passar; mas, de qualquer maneira, é bom ela mandar, porque podemos perder o projeto, mas não podemos perder a causa o debate”, avaliou.

Quanto a outro tema polêmico, a maioridade penal, o ex-presidente foi taxativo: “Eu sou contra a redução da maioridade penal”. Em relação à responsabilidade pela segurança pública, defendeu uma revisão do pacto federativo. “A responsabilidade não pode ser só dos estados”, afirmou, destacando que a questão da segurança não pode se resumir a uma política de “polícia na rua”, sendo necessário também dar oportunidade e estrutura às pessoas.

Na palestra, Lula também fez uma avaliação do atual cenário da comunicação e dar regulação econômica dos meios. “Ela [a mídia] pode influenciar mais ou menos, dependendo da mídia que o jovem utiliza. Hoje, por exemplo, a internet tem mais influência que a televisão. Jornal, então, virou coisa do passado. E é por isso que nós apresentamos uma proposta de regulação democrática dos meios de comunicação porque a que existe hoje é de 1962. O que está faltando no Brasil ainda é maior acesso à internet”, disse. “Falta também informação correta e justa para ser divulgada na televisão. Nós demoramos 24 anos para conseguir um canal de televisão, a TVT. E, mesmo assim, nós não queremos ouvir notícias que falem bem da gente, e sim que diga a verdade, informe e deixe o telespectador, ouvinte ou internauta fazer juízo de valores. Por isso que a regulação nos meios de comunicação é uma das lutas que devemos fazer em caráter de urgência”, finalizou.

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