Marcha da Maconha defende legalização para acabar com guerra às drogas. Familiares de indivíduos que utilizam a erva para fins medicinais também participaram do ato. Não foram registrados conflitos e evento ocorreu em clima de paz
Manifestantes defenderam a legalização da maconha em uma marcha realizada no último sábado, 23, na avenida Paulista, pelas ruas da Augusta e da Consolação e por outras vias da região central. De acordo com os organizadores, 15 mil pessoas participaram do ato. A PM afirmou que cerca de 4 mil marcharam.
A Marcha da Maconha 2015 aconteceu em clima de paz e não foram registrados conflitos. Os manifestantes deixaram o vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e caminharam até o Largo São Francisco, onde fica a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A chegada ao largo ocorreu por volta de 18h50, e em sequência começaram a ser realizados shows de música.
O movimento foi focado na legalização da produção, circulação e uso de cannabis no Brasil, o que considera ser o primeiro passo rumo ao fim da “guerra às drogas”.
Os manifestantes apresentaram faixas e cartazes em defesa da legalização da erva e para protestar contra prisões e mortes envolvendo o combate às drogas.
Texto publicado no site da marcha afirma que “a proibição já se mostrou ineficaz em cumprir seu papel anunciado, o de controlar o uso de substâncias e plantas ilícitas, que a cada ano estão mais acessíveis, como a maconha”. E continua: “Então, por que insistir numa política que apenas leva a mortes e prisões, colocando o Brasil entre as três maiores populações carcerárias do mundo, com 715.655 presos? Por que não dar uma chance para a primavera verde florescer e provar que é possível construir uma política de drogas mais sensata e humana? Plantemos as sementes, quebremos as correntes”.
Além de São Paulo, outras 32 cidades do Brasil realizaram a Marcha.
AbraCannabis
Ativistas da Associação Brasileira para Cannabis (AbraCannabis) também participaram da Marcha da Maconha 2015. A organização reúne familiares de indivíduos que utilizam a maconha medicinal.
Marcha da Maconha
A primeira marcha em São Paulo foi realizada em 2008, no parque Ibirapuera. Até 2011, os atos eram proibidos pelo Tribunal de Justiça sob a justificativa de que faziam apologia às drogas.
Os manifestantes continuaram indo às ruas, mas marcharam pelo direito à livre expressão. O STF (Supremo Tribunal Federal), então, liberou os atos, avaliando que sua proibição infringia o direito à liberdade de
expressão.
Veja aqui mais imagens da Marcha da Maconha em São Paulo
com RBA, Fórum e Folhapress
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