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O dilema de Aécio Neves

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José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin – PSDB (Imagem: Pragmatismo Político)

Ediel Rangel*, Pragmatismo Político

Parece que o Senador Aécio Neves não está conseguindo convencer que é uma boa alternativa do PSDB para concorrer as eleições de 2018. Talvez ele tenha pensado que o Brasil era o quintal de Minas Gerais, o seu berço político.

Percebe-se que o senador busca a todo custo os holofotes por mais breve que seja. A Globo nunca o mostrou tanto como depois das eleições, seria uma tentativa para o dileto senador não cair no esquecimento do povo brasileiro?

Mesmo como presidente do PSDB, o senador Aécio terá que provar que é uma boa opção para o partido e não é dando “chilique” em rede nacional que ele irá conseguir provar isso e nem inflamar manifestações e não aparecer por lá. O senador está perdido e não sabe o que faz.

Geraldo Alckmin, foi reeleito mesmo com São Paulo sem água na torneira e de quebra o PSDB levou o José Serra para o senado. Trio parada dura esse. Três ex-presidenciáveis estarão na briga em 2018 no PSDB e essa vaga não sobrará para Aécio Neves que aos poucos gasta a sua imagem fazendo o papel de uma oposição arrogante que repele o eleitor, tal como aconteceu nas eleições passadas. José Serra (1) e Geraldo Alckmin (2) já estão com os olhos em 2018.

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Não se pode creditar a ele o crédito pela obtenção de 48,36%, tal fato ocorreu em função de um descontentamento com o atual governo e que se estende até hoje. Foi a história do cavalo que passou arriado, porém o senador não soube como montar.

Em Minas Gerais, foi eleito ao senado o ex-governador Anastásia, sucessor do Aécio Neves, que até pediu o fim do inquérito no caso da Lava Jato que o citava, que poderia ser aprofundado e descobrir mais coisas do que o PSDB talvez tenha interesse (3), colocando o interesse pessoal e partidário acima de tudo, faltou só o discurso moralista ou os gritos do Aécio no senado pedindo transparência nas investigações e repreendendo o seu subordinado.

Mas o que vai sobrar para o senador Aécio é voltar para a sua terra e tentar reconstruir a sua carreira política. Lembrando que o senador gasta mais verba para ir ao Rio de Janeiro do que para Belo Horizonte (4), parece até que é um senador carioca. O povo mineiro tem de se atentar para isso, onde o senador Aécio foi eleito para representar o seu Estado e não para o próprio proveito ou vaidade. Que isso pese na balança mineira nas próximas eleições, escolha um político que os represente e não apenas a sua vaidade. Que Minas não se torne o segundo plano de ninguém. Que o senador Aécio saiba que Narciso morreu por tanto admirar a sua própria imagem.

*Ediel Rangel é graduado em Sistemas de Informação pelo Instituto Doctum de Educação e Tecnologia, graduando em Ciências Contábeis pela UFVJM, mestrando em Tecnologia, Ambiente e Sociedade pela UFVJM, autor do Blog Ediel Rangel e colaborou para Pragmatismo Político.

Referência

(1) http://www.brasil247.com/pt/247/poder/178700/Com-foco-em-2018-Jos%C3%A9-Serra-j%C3%A1-ataca-Lula.htm

(2) http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/alckmin-toma-posse-de-olho-no-planalto

(3) http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1603862-senador-do-psdb-pede-fim-de-inquerito-no-caso-lava-jato.shtml

(4) http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,senador-usa-mais-verba-para-ir-ao-rio-que-a-bh-imp-,1012625

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