Professores do Paraná aprovam continuidade da greve em assembleia que reuniu cerca de 15 mil docentes. Além do repúdio ao ParanáPrevidência, professores reivindicam reajuste de 13,1% retroativo à data-base, a realização de concurso público e melhores condições de trabalho
Reunidos em assembleia nesta terça-feira (5), os professores estaduais do Paraná decidiram pela manutenção da greve contra o projeto de lei que altera a ParanáPrevidência, fundo previdenciário dos servidores públicos paranaenses. A assembleia contou com cerca de 15 mil professores no estádio Vila Capanema.
Mais cedo, 25 mil docentes e servidores de diversas categorias, segundo a Guarda Municipal, se concentraram em frente à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) e saíram em caminhada em direção ao estádio na Vila Capanema.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP) disse durante a assembleia que irá lutar pela anulação da sessão na Assembleia Legislativa (Alep) que aprovou o projeto de lei. A proposta foi transformada em lei pelo governador Beto Richa (PSDB) no dia 30 de maio, um dia após a violenta repressão da Polícia Militar contra os professores em frente à Alep.
Com a aprovação do projeto, o Estado deixa de colocar 142 milhões de reais por mês na ParanáPrevidência, valor que serviria para custear 33 mil aposentadorias. A proposta estabelece ainda que os atuais servidores públicos paguem as contribuições para a aposentadoria desses 33 mil, que antes era de responsabilidade do Estado.
Os professores também reivindicam reajuste de 13,1% retroativo à data-base, a realização de concurso público e melhores condições de trabalho.
Violência no 29 de abril
Durante a votação da matéria (ParanáPrevidência) na Assembleia Legislativa, na última quarta-feira (29), a Polícia Militar reprimiu protesto da categoria, com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e cães. Centenas ficaram feridos.
com EBC
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