Após 25 anos no Congresso Nacional, deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) comemora, pela primeira vez na vida, a aprovação preliminar de uma proposta de emenda constitucional (PEC) de sua autoria. Parlamentar justifica baixa produtividade dizendo que sofre 'discriminação'
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (16), por 433 votos a favor e 7 contra, uma emenda à proposta de reforma política que prevê que as urnas eletrônicas passem a emitir um “recibo” para que os votos nas eleições possam ser conferidos pelos eleitores.
O texto aprovado também inclui na Constituição regras de fidelidade partidária e muda a norma para a apresentação de projeto de iniciativa popular.
Pelo texto, a urna imprimirá um registro do voto, que deverá ser checado pelo eleitor. Só após esta checagem que será concluído o processo eletrônico de votação. Depois, o recibo será depositado automaticamente em local lacrado e ficará em poder da Justiça Eleitoral. O eleitor não poderá levar o documento para casa. O recibo também não deverá ter a identificação do eleitor.
A emenda é de autoria do polêmico deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). É a primeira vez, em 25 anos ininterruptos de legislatura, que o parlamentar consegue aprovar uma proposta no Congresso Nacional. Questionado sobre a aparente baixa produtividade, Bolsonaro afirma que sofre ‘discriminação’ por ser um ‘homem de direita’.
“Sou completamente discriminado porque eu sou um homem de direita. Alguns projetos eu dou para outro deputado apresentar porque, se pintar meu nome, não vai para frente”, afirmou o deputado, sem informar quais foram esses projetos.
Ainda afirmando ser alvo de perseguição, Bolsonaro diz que é “muito mais da defesa aqui do que do ataque” e garante que disputará a Presidência da República da 2018.
O texto aprovado em primeira instância que prevê a emissão de um recibo nas urnas eletrônicas ainda precisa passar novamente pela Câmara e depois pelo Senado para ser promulgado.
com informações de aBr e BBC
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook