Datena confirma que sairá candidato a prefeito de São Paulo em 2016. Apesar das conversas com PSDB e PSB, o apresentador de TV decidiu fechar com o Partido Progressista (PP) – legenda que abriga o maior número de investigados pela Lava Jato
O apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena disse na noite desta terça-feira (28) que será candidato a prefeito de São Paulo na eleição de 2016. Segundo informações do colunista Flavio Ricco, o apresentador confirmou aliança com o PP após ser cortejado por outros dois partidos: PSB e PSDB.
Datena teria sido convencido a disputar o cargo pelo deputado Delegado Olim (PP), que é amigo pessoal do apresentador. A chapa da sigla será encabeçada por Datena e terá Olim como vice.
Segundo Olim, Datena ainda não assinou nenhum documento. “Temos mais do que isso, temos a palavra dele”, justificou. Questionado sobre a decisão pelo PP, Datena disse que “não se sentiu usado” pelo partido. “Eles fizeram uma proposta honesta, direta e reta. Eu não me senti usado. Simples assim”, falou.
Agora o partido entra em um processo de negociação com outras siglas para definir, entre outras coisas, o tempo de propaganda eleitoral na TV. Em entrevista à colunista Lígia Mesquita, da Folha, Datena disse que não se submeteria aos truques de marqueteiros. “Não sou produto de marketing. Sou um cara estourado. Se um dia me aventurasse, seria o que sou mesmo, não mudaria em nada”, disse.
Mudança
Entrevistado pelo jornalista Maurício Stycer, do UOL, em outubro de 2012, Datena afirmou que jamais se candidataria a um cargo eletivo por considerar “injusto” um comunicador se aproveitar da fama para conquistar votos na política. O apresentador, que também criticou Celso Russomano por concorrer a prefeitura de São Paulo, disse que se considerava uma “porcaria” como administrador e, consequentemente, seria um péssimo político.
PP
De acordo com dados divulgados pelo STF, o Partido Progressista (PP), escolhido por Datena, é o que tem o maior número de investigados políticos atualmente na Operação Lava Jato. No total, são 32, entre senadores, deputados e ex-parlamentares. A legenda também é morada de figuras polêmicas, como o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).