Brasileiro que invadiu comitiva de Dilma Rousseff nos EUA para atacá-la aparece ao lado de Jair Bolsonaro (PP-RJ) em diversas imagens e se identifica como fã do deputado. "Vagabunda", "comunista de merda", "tem que morrer", "terrorista", foram alguns dos xingamentos ouvidos. MPF deve investigar o incidente
O brasileiro Igor Gilly, que conseguiu se infiltrar na comitiva de Dilma Rousseff em visita visita à Universidade de Stanford, nos EUA, oferecida pela ex-secretária de Estado Condoleezza Rice, na última quarta-feira (1º), contou como conseguiu aproveitar falha na segurança e hostilizar a presidente.
Através do facebook, ele explica que acompanhava os passos da presidente desde a noite anterior, quando conseguiu invadir o hotel em que ela e a comitiva se hospedavam e foi de porta em porta de cada quarto tentando ouvir a voz de Dilma, sem sucesso. Ao tomar conhecimento de que ela viajaria a Stanford no dia seguinte, Gilly fez o mesmo ao lado de outros dois amigos, nomeados por ele como Maria Rita e Lucas.
“Vagabunda… pilantra. Cadê o dinheiro da Petrobras, Dilma? Terrorista! Vai cair, hein! Terrorista que rouba a população tem mais é que ser morto. Comunista de merda!”, disse ele em trecho.
Ainda nas redes sociais, o jovem aparece em fotos ao lado do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), de quem se diz fã, e fala orgulhoso sobre os ataques contra Dilma:
“Depois de ter viajado por horas, ter infiltrado na comitiva do PT e ter esperado por horas, valeu muito a pena! Fiz a recepção que a Dilma merece e falei o que todo Brasileiro quer falar na cara dela!”.
Consequências
Igor Rilly pode ser denunciado por crime contra a honra da principal autoridade do Brasil, tipificado no código penal como calúnia, injúria e difamação, além de ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional por ter colocado em risco a integridade física da presidente.
O Ministério Público Federal deverá analisar as imagens.
Vídeo:
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