PSTU defende o impeachment de Dilma Rousseff. Zé Maria, presidente nacional da legenda, afirmou que a classe trabalhadora deve lutar para derrubar o atual governo. Partido ainda não anunciou se irá participar dos atos convocados para o próximo 16 de agosto
Setores da extrema direita brasileira, defensores da derrubada da presidenta Dilma Rousseff (por impeachment ou por meio de um golpe militar) ganharam um novo e inusitado aliado: o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados, o PSTU.
Em entrevista divulgada pelo próprio partido, José Maria de Almeida, conhecido como Zé Maria, presidente nacional da legenda, afirma que primeiramente deve-se romper com o governo Dilma para depois defender os trabalhadores e lutar contra a direita: “ou nós estamos contra o governo, dispostos a ajudar nossa classe a lutar para derrubá-lo, para parar de vez os seus ataques ou nós vamos estar no campo desse governo com o argumento de que nós estamos lutando contra o golpe de direita”.
A posição foi criticada por meio de nota de outro partido de extrema esquerda sem representação parlamentar, o Partido da Causa Operária (PCO): “a ideia de que os trabalhadores vão derrubar o governo não apenas é ridícula, mas é, efetivamente, um encobrimento da operação golpista com um discurso esquerdista”.
O PSTU não divulgou se irá participar dos atos pela derrubada da presidente convocados para o próximo dia 16 de agosto nem se irão apoiar os pedidos de impeachment desengavetados por Eduardo Cunha que devem ser levados a plenário na volta do recesso parlamentar em Brasília.
O vídeo a seguir contém a entrevista completa de José Maria. O trecho a que esta reportagem se refere inicia-se em 12m4s:
CartaCapital
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook