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Deputados assinam novo manifesto contra Eduardo Cunha

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Deputados divulgam novo manifesto pela saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Alvo da Lava Jato, presidente da Câmara se vê cada vez mais pressionado pelos pares. Veja quem assina

Um grupo de 35 deputados divulgou nesta quinta-feira (27) um manifesto pedindo a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo de presidente da Câmara, com o argumento central de que o parlamentar fluminense pode virar réu do Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias. Intitulado “Em defesa da representação popular”, o documento lembra que, segundo investigações da Operação Lava Jato endossadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Cunha recebeu US$ 5 milhões do esquema de corrupção instalado na Petrobras.

“O Ministério Público acusa Eduardo Cunha de corrupção e lavagem de dinheiro – referente ao recebimento de US$ 5 milhões de dólares deu um lobista e outras milionárias transações. Apurou-se também que Cunha se utilizou de requerimentos de informação para chantagear empresários que estariam com parcelas de propina em atraso – requerimentos esses originados em seu gabinete e assinados pela então deputada Solange de Almeida”, alegam os deputados, metade dos quais petista.

Na semana passada, deputados de dez partidos já haviam firmado a posição oficial contra a permanência de Cunha à frente da Casa. Cunha foi denunciado pelos crimes de corrupção e por lavagem de dinheiro. De acordo com a petição da PGR, a propina milionária serviu para facilitar e viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, sem licitação, responsável pela construção dos navios-sondas Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000.

Além dessa acusação, pesa contra Cunha a informação de que a ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), atual prefeita de Rio Bonito (RJ) e também denunciada ao STF, teria agido em parceria com o peemedebista em benefício mútuo. Os investigadores apuram uma possível participação de Cunha na apresentação de requerimentos da Câmara contra as empresas Samsung e Mitsui, representadas no Brasil por Camargo. As solicitações de processo de investigação contra as empresas foram assinados em 2011 por Solange, aliada de Cunha. A pressão parlamentar foi alvo de reportagens dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

Confira a lista:

Adelmo Carneiro Leão (PT-MG)
Alessandro Molon (PT-RJ)
Arnaldo Jordy (PPS-PA)
Chico Alencar (PSol-RJ)
Chico D’Angelo (PT-RJ)
Clarissa Garotinho (PR-RJ)
Edmilson Rodrigues (Psol-PA)
Eliziane Gama (PPS-MA)
Érika Kokay (PT-DF)
Givaldo Vieira (PT-ES)
Glauber Braga (PSB-RJ)
Heitor Schuch (PSB-RS)
Hélder Salomão (PT-ES)
Henrique Fontana (PT-RS)
Ivan Valente (Psol-SP)
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
Jean Wyllys (Psol-RJ)
João Daniel (PT-SE)
Jorge Solla (PT-BA)
José Stédile (PSB-RS)
Júlio Delgado (PSB-MG)
Leonardo Monteiro (PT-MG)
Leônidas Cristino (Pros-CE)
Leopoldo Meyer (PSB-PR)
Luiz Couto (PT-PB)
Luiza Erundina (PSB-SP)
Marcon (PT-RS)
Margarida Salomão (PT-MG)
Moema Gramacho (PT-BA)
Padre João (PT-MG)
Pedro Uczai (PT-SC)
Sérgio Moraes (PTB-RS)
Silvio Costa (PSC-PE)
Valmir Assunção (PT-BA)
Waldenor Pereira (PT-BA)

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