Redação Pragmatismo
Corrupção 26/Ago/2015 às 09:43 COMENTÁRIOS
Corrupção

Internautas usam imagem da GloboNews para pedir explicações a Aécio Neves

Publicado em 26 Ago, 2015 às 09h43

Imagem da GloboNews do momento em que doleiro Alberto Youssef acusa Aécio Neves de receber dinheiro de corrupção de Furnas é utilizada por internautas para cobrar explicações do senador

foto globonews aécio furnas youssef

O doleiro Alberto Youssef indicou, durante acareação com o ex-diretor de refino e abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa na sessão da CPI da Petrobras desta terça-feira (25), que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pode ter recebido dinheiro relativo a contratos da estatal Furnas Centrais Elétricas, em Minas Gerais.

Durante as investigações da Operação Lava Jato, o doleiro declarou que o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010, “dividia algumas operações” com o tucano, na época em que Aécio era deputado federal. O doleiro, no entanto, não esclareceu quando ocorreram estas operações.

Na sessão da CPI desta terça-feira, o deputado Jorge Sola (PT-BA) perguntou a Youssef se ele sabia que Aécio era um possível beneficiado com dinheiro desviado de Furnas. O doleiro respondeu apenas: “Eu confirmo por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador”, declarou o doleiro.

Uma captura de tela da transmissão da GloboNews (ver acima) no momento em que o doleiro mencionava Aécio foi utilizada para cobrar explicações do senador. Internautas questionaram o tucano em suas redes sociais, mas a até o fechamento deste texto Aécio ainda não havia se pronunciado.

R$ 10 milhões a Guerra

Youssef também reafirmou, ao lado do ex-executivo da Petrobras, o teor de depoimentos que já haviam prestado à Justiça Federal, em que apontam o pagamento de propina de R$ 10 milhões para evitar uma CPI no Congresso.

O doleiro confirmou que esse valor foi pago pela empreiteira Camargo Correia ao então presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), que morreu em 2014 (saiba mais aqui).

Paulo Roberto Costa acrescentou que foi procurado por Sérgio Guerra e pelo deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) para tratar do pagamento, que seria destinado a “abafar” a CPI.

Em depoimento à comissão, o ex-diretor da Petrobras disse que o deputado intermediou o encontro com Sérgio Guerra, ocorrido em um hotel no Rio de Janeiro. “Confirmo todos os depoimentos anteriores”, disse Paulo Roberto.

com informações de Congresso em Foco

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