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O desabafo de um menino de 11 anos que é vítima de racismo na escola

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"Eu não aguento mais". Menino de apenas 11 anos que não suporta mais sofrer preconceito "todo santo dia" na escola publica um vídeo-desabafo pedindo basta

Kauan Alvarenga estuda na escola João Vieira de Almeida, na Vila Maria, cidade de São Paulo. O menino, de apenas 11 anos, publicou no Youtube um vídeo-desabafo (assista abaixo) em que pede um basta nas perseguições racistas que sofre diariamente na escola.

Apesar de comovente, o conteúdo soma pouco mais de mil visualizações até o fechamento deste texto.

“Meu nome é Kauan Alvarenga, tenho 11 anos. Olha aqui, vou falar uma coisa para vocês […] todo dia, todo santo dia, todo dia mesmo, eles mexem com meu cabelo, mexem comigo, e quando eu vou falar pra professora, [ela] não dá atenção, não fala nada, finge que não ouviu”, explica Kauan.

“Eu não tô aguentando mais. Todo dia, na escola, na rua, dentro da minha sala de aula, debocham do meu cabelo, não sei por quê […] o problema é meu, o cabelo é meu. As vezes me batem, me agridem, queria que parassem com isso, entendeu? Não tô aguentando, não dá, não dá… todo dia, muitas vezes são ‘um monte’ me zoando’, ‘5 marmanjão’ do tamanho da minha mãe”, desabafa o menino.

Racismo e coragem

A coragem de Kauan de expor o problema e relatar o sofrimento diante de uma câmera chamou a atenção de internautas e alguns se enxergaram na pele do menino quando tinham a sua idade. O garoto recebeu vários comentários de estímulo e coragem.

“Oi Kauan, infelizmente esse tipo de gente existe em todos os lugares, temos que lidar com preconceito diariamente. Tente não se importar com isso e tenha sempre a certeza que você é lindo, inteligente, suas raízes são lindas. Continue gravando vídeos pra gente. Um beijo”, escreveu Yasmin Nunes.

Tatiana Alves destacou que o que Kauan sofre não é ‘bullying’, como consta na descrição do vídeo postado, mas racismo. “Kauan, você é lindo, seu cabelo é lindo, o que você sofre não é bullying, é o racismo intrínseco na nossa sociedade brasileira. Eu sofri isso já, precisamos denunciar essa escola e essa professora, você merece ser respeitado como todos os seus colegas!”

Outros comentários lamentaram a omissão da professora e da escola, que, segundo Kauan, até agora não tomaram providências para sanar as perseguições.

“Kauan, sua professora precisa voltar a estudar! Como uma pessoa adulta consegue assistir a este tipo de situação e fingir que nada está acontecendo? Estes colegas de escolas estão cometendo crime de RACISMO, avise a sua mãe para denunciar na polícia”, publicou Romeica Moreira.

“Lamentável a omissão d@s professores em não tomar atitudes mais eficazes. Parabéns colega pela coragem e atitude de enfrentar a perseguição. Sua força e orgulho por sua etnia causa inveja, por isso o resultado da perseguição. Pode contar conosco para divulgar seu sofrimento, força a você e sua família. Por favor não desista. Força guerreiro”, disse Lu Gomes.

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“Kauan, infelizmente você com tão pouca idade já tem que lidar com esse mundo horrível de preconceito e racismo… te desejo muita força pra lutar por um mundo melhor em que nem as crianças nem os adultos tenham mais que passar por isso. Você é lindo demais, seu cabelo é incrível e você fala muito bem, supertalentoso. Você tem futuro. Um beijo”, comentou Isabela Talarico

Vídeo:

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