Banco suíço tem cópia de passaporte de Eduardo Cunha usado para abrir conta
Cópias de passaportes de Eduardo Cunha e seus familiares foram usadas para abrir conta, revela banco suíço. Mesmo diante de um cenário perturbador e sob fogo cruzado, o presidente da Câmara afirma que não vai renunciar: "Não vou renunciar. Não existe impeachment de presidente da Câmara. Aqui é só sob meu juízo próprio, e eu vou persistir"
Cópias dos passaportes do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de familiares dele foram anexadas nos formulários de abertura das contas do banco Julius Baer que deram a origem à investigação contra o peemedebista por suspeita de corrupção na Suíça.
Os formulários e os anexos fazem parte dos dossiês bancários entregues pelo Julius Baer ao Ministério Público suíço e remetidos à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta semana.
O jornal “O Globo” informou ontem que duas das quatro contas bancárias atribuídas à família foram fechadas em abril de 2014, mês seguinte à deflagração da Operação Lava Jato. A informação foi confirmada por fontes com acesso à investigação.
Ainda segundo “O Globo”, uma das contas recebeu, entre abril e junho de 2011, 1,03 milhão de francos suíços (R$ 4 milhões).
Ontem, o banco Julius Baer informou às autoridades suíças a existência das contas atribuídas a Cunha onde foram bloqueados US$ 2,4 milhões.
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“Não vou renunciar”
Mesmo diante de um cenário perturbador após a revelação de que mantém contas secretas na Suíça, Eduardo Cunha diz que não vai renunciar ao cargo de presidente da Câmara. “Esquece, eu não vou renunciar”, afirmou.
“O meu mandato só pode ser alterado se eu renunciar, e eu não vou renunciar. Não existe impeachment de presidente da Câmara. Aqui é só sob meu juízo próprio, e eu vou persistir”, disse em entrevista à Folha.
com EBC e Folhapress