"Lenda urbana", diz Joaquim Barbosa sobre fraude em urnas eletrônicas
"Não passa de lenda urbana. A mesma urna que elegeu a sra. Dilma Rousseff elege o sr. Aécio Neves e Geraldo Alckmin". Joaquim Barbosa disse ainda que, durante os três anos que participou da Justiça Eleitoral, nunca registrou um ato fraudulento em qualquer urna eletrônica
As insinuações do PSDB de que as eleições presidenciais de 2014 podem ter sido fraudadas foi classificada de “lenda urbana” pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa nesta quarta-feira, 11.
“Isso não passa de lenda urbana” disse Barbosa, ao participar do 10º Siac – Seminário Internacional da Acrefi.
“A mesma urna que elegeu a senhora Dilma Rousseff elege o senhor Aécio Neves, Geraldo Alckmin e os parlamentares por todo o País” afirmou o ex-ministro do STF, acrescentando que ele próprio serviu à Justiça Eleitoral por três anos e nunca presenciou um ato fraudulento em qualquer urna eletrônica.
De acordo com ele, os questionamentos feitos às urnas eletrônicas ocorrem mais na internet e são irresponsáveis. Na visão do ex-ministro, a urna eletrônica foi um grande avanço da Justiça Eleitoral e evita manipulação dos resultados.
Para ele, o que há no Brasil, no âmbito eleitoral, é uma preocupação generalizada com a forma de financiamento das campanhas eleitorais. Segundo Barbosa, nenhuma empresa contribui com campanhas eleitorais por altruísmo, “há sempre interesse por trás”. Ele elogiou a extinção do financiamento do privado de campanha, decisão tomada pelo STF em setembro.
Petrobras
Questionado sobre a corrupção na Petrobras, Barbosa lamentou o fato de o Brasil ser signatário da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) num acordo para evitar corrupção entre empresas e o governo brasileiro ainda titubear nestas práticas.
“A tolerância à corrupção pode causar danos aos investidores. A falta de ética pode ser deletéria na formação de preços, encarecendo-os, desde o mais simples aos supérfluos”, disse.