Manifestante que promete “carnificina” no Congresso não é um louco inofensivo
Fernando Brito, Tijolaço
O homem que aparece em O Globo e no Estadão prometendo “uma carnificina” caso os acampados do Congresso sejam forçados a sair do gramado que serve de acampamento pode ser uma maluco, mas não é um louco inofensivo.
Felipe Porto, em seu currículo, diz-se “colecionador de Armas (CRT 50.140 – 11a. Região Militar), Atirador Esportivo”. Aliás, é com uma camiseta da Federação de Tiro do Distrito Federal que se exibe em O Globo.
Tem, portanto, armas e experiência com elas.
Quando este cidadão diz que recorrerá a “reforço armado” e promete “uma carnificina”, mesmo que seja um louco, não se pode deixar de ver o quanto é perigoso.
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O Ministério da Defesa pode e deve, conforme o autoriza a Portaria 24 do Departamento de Material Bélico, de outubro de 2000. Se não estiverem no local declarado como de guarda, terá de exibir as guias de transportes a que está obrigado.
No Facebook, saúda a chegada ao acampamento de Pláucio Pucci, que o Tijolaço mostrou, há tempos, convocando lutadores e marombeiros para “grudar no chão” quem atrapalhasse uma passeata coxinha. Cidadão que se exibia, aliás, em páginas extra-oficiais da Polícia Federal.
As autoridades brasileiras, com a sua leniência, estão se expondo a uma tragédia.
Não pode haver tolerância com ameaça de armas, ponto final.