Redação Pragmatismo
Direita 19/Nov/2015 às 19:55 COMENTÁRIOS
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O que esperar de fascistas?

Publicado em 19 Nov, 2015 às 19h55

Manifestante ferido na cabeça durante confronto com os acampados pró-ditadura militar em Brasília conta como os intervencionistas tentaram acabar com a Marcha das Mulheres Negras

Marcha Mulheres negras fascistas

O que essa roupa manchada de sangue revela (imagem acima) é a face truculenta de um movimento que clama pelo retorno à ditadura militar. O movimento está acampado em frente ao Congresso Nacional, e é o mesmo que tinha entre eles um policial civil, que há poucos dias foi preso por porte ilegal de arma, e que ontem foi flagrado disparando tiros para o alto quando a Marcha se manifestava em frente ao Congresso.

O grupo entrou em confronto com a grande Marcha das Mulheres Negras, que teve como bandeira ser “contra o racismo, a violência, e pelo bem viver”. Num momento de tumulto, ocasionado pelo incômodo do grupo fascista ao ver as milhares de mulheres e homens negras(os) em marcha, o grupo passou a lançar rojões e bombas de efeito moral contra a marcha, e incitar o confronto. Um dos homens dizia “queria ver vocês era no ‘pau de arara’!!”.

Num outro momento um homem branco, vestido com roupas pretas e um boné preto, agredia mulheres e homens da Marcha com um guarda-chuva grande, que a cada golpe quebrava a estrutura metálica podendo furar alguém.

Um manifestante da Marcha (foto) se aproximou para somar esforços às mulheres e homens que estavam ali e gritou para o fascista “Ninguém aqui vai bater em mulher negra!”. Essa era uma das bandeiras da Marcha: o fim da violência contra mulheres, e é sabido que as mulheres negras representam 60% do total de agressões de violência de gênero, e que o total de homicídios contra mulheres negras aumentou 54% em uma década.

O homem que defendia a ditadura militar e que estava sendo contido por mulheres da Marcha deixou de bater com o guarda-chuva nas pessoas ao seu redor e se voltou contra o militante negro para agredi-lo, ao que este reagiu, mas pouco depois foi derrubado por outros acampados defensores da ditadura.

Pelo visto, o que abriu o ferimento na cabeça do militante da Marcha foi o ferro do guarda-chuva, causando-lhe um ferimento leve, mas o bastante para provocar a hemorragia mostrada na foto. O rapaz, que prefere não se identificar, passa bem, e afirmou que barrar a violência, a ditadura e o racismo é um caminho necessário para um mundo igualitário, e que apesar de ser ferido na cabeça, os ideais defendidos na Marcha seguem agora mais fortes ainda.

Relato e imagem enviados a Pragmatismo Político por um manifestante que prefere não se identificar a fim de preservar sua integridade

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