Editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner banca Maria Júlia Coutinho como representante da Globo na Conferência do Clima (COP 21) em Paris e gera ciúmes na emissora. Descontentes alegam que Maju não é tão qualificada para falar de política e meio ambiente
Diversos jornalistas estariam indignados com a decisão de Willian Bonner, editor-chefe do Jornal Nacional, de ‘bancar’ uma viagem para Paris para a garota do tempo do telejornal, Maria Júlia Coutinho, também conhecida como ‘Maju’. As informações são do portal UOL.
Na próxima segunda-feira, 30, começará a 21ª Conferência do Clima (COP 21), evento que reunirá todos os grandes líderes mundiais.
Para os profissionais da Rede Globo, não faz sentido a escolha de Willian Bonner, que fez questão que Maju fosse a escolhida. Os descontentes alegam que, embora seja uma especialista em clima, Maju não é tão qualificada para falar de política e meio ambiente, temas principais da conferência.
Para muitos dentro da redação, um jornalista mais experiente deveria ser enviado para a França, principalmente depois dos recentes atentados terroristas.
“A chiadeira nos corredores da Globo tem sido grande. A reprovação atinge diferentes níveis hierárquicos, de chefes a produtores que gostariam de cobrir o evento”, diz Daniel Castro, do UOL.
“Os críticos da escolha de Maju para a COP-21 já estão fazendo piada com o assunto. Dizem que a jornalista vai a Paris para dizer como estará o tempo no dia seguinte em cidades como Washington e Moscou, não para cobrir as decisões da cúpula”, completa.
Maju é garota do tempo do JN há pouco mais de 7 meses e tem um grande carisma junto com o público.
Maria Júlia Coutinho
Em maio deste ano, Maria Júlia Coutinho foi alvo de uma série de comentários racistas na internet, o que desencadeou uma campanha em sua defesa.
Maju é jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Começou a carreira como estagiária da Fundação Padre Anchieta. Passou por vários cargos do Departamento de Jornalismo da TV Cultura (SP) até tornar-se repórter, função que exerceu por quase três anos.
No final de 2005, passou a apresentar o Jornal da Cultura, ao lado de Heródoto Barbeiro. Posteriormente, comandou, com Laila Dawa e Vladir Lemos, o telejornal Cultura Meio-Dia.
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