Convidado especial de Gilmar Mendes para ministrar uma palestra, Michel Temer falou para uma plateia de empresários e autoridades e deu o tom de como seria o seu governo caso Dilma Rousseff sofra o impeachment
O vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu nesta sexta-feira (11) maior participação dos parlamentares na execução do Orçamento brasileiro e acenou com uma antiga reivindicação de prefeitos e governadores: o fim das vinculações de recursos para saúde e educação.
Por sua proposta, o Orçamento seria definido a cada ano, sem um percentual definido para áreas específicas.
Temer participou de uma palestra no Instituto de Direito Público de São Paulo a convite do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
“Me atrevo a dizer que a ideia é um semiparlamentarismo. O Congresso passaria a atuar efetivamente junto ao governo e não teríamos os problemas que vivemos hoje –’ah, não tem verba, tirou verba não sei de onde’. Seria facilmente explicável ao povo a falta de recurso”, defendeu.
Empresariado e impeachment
Falando para uma plateia de empresários como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, autoridades como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Renato Nalini, Michel Temer deu o tom de como seria um eventual governo comandado por ele, caso se concretizasse o golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
“O governo não é capaz por si próprio de agir sem os cidadãos, e as forças motrizes do desenvolvimento decorrem da conjugação do capital e do trabalho. Se estiverem harmonizados, colaboram com o País e com o governo, por isso toda iniciativa governamental deve priorizar a iniciativa privada”, disse Temer.
“A ideia do Minha Casa, Minha Vida está ancorada no direito constitucional que garante a moradia e o Bolsa Família também, no direito constitucional que garante a alimentação”, afirmou Temer.
Para ele, é preciso agora iniciar uma nova fase, que denominou de “democracia da eficiência”. Temer batizou a política liberal que defende, exposta no documento do PMDB chamado “A Ponte para o Futuro“, de “democracia da eficiência.” Segundo ele, “essa democracia exige ética na política”
“Seria um ótimo presidente”
Durante o evento, Gilmar Mendes afirmou que o vice-presidente da República, Michel Temer, “seria um ótimo presidente do Brasil”.
“Temer é um excelente nome para as funções que exerce. Seria um ótimo presidente do Brasil”, declarou. Os dois participavam de evento promovido pelo Instituto de Direito Público (IDP). Temer compareceu a convite de Gilmar.
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