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Medidas de Macri aumentam conta de luz em 300%; preço da carne sobe 22%

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Argentina: Mauricio Macri corta subsídios da era Kirchner e contas de luz vão subir 300% a partir de segunda. Preço da carne aumentou 22% desde que o novo presidente assumiu; ministro da Agroindústria sugeriu que argentinos deixem de consumir o alimento para forçar queda nos preços

Aumento na conta de luz na Argentina será de mais de 300% a partir de fevereiro

O governo do presidente argentino, Maurício Macri, anunciou, nesta quinta-feira (28/01), o fim dos subsídios concedidos nos últimos 12 anos ao fornecimento de energia elétrica, o que significará um aumento de pelo menos 300% na conta de luz dos argentinos de todo o país a partir de 1º de fevereiro.

De acordo com o ministro de Economia, Alfonso Prat-Gay, a medida foi adotada como forma de reduzir o déficit público de 7% acumulado pelo país. O fim dos subsídios representariam, segundo o governo, um impacto de 2,5% do PIB do país.

Dado o impacto da medida, os cerca de dois milhões de argentinos que vivem abaixo da linha da pobreza e os cerca de dois milhões de aposentados do país terão o subsídio mantido.

Além da energia, os aluguéis, mensalidade de colégios particulares, telefone e comida aumentaram nos últimos tempos. Frente a essa situação, sindicatos do país reivindicam aumentos salariais de acordo com a inflação. Os professores, por exemplo, pedem aumento de 35%.

Um dos maiores flagelos é o aumento do preço da carne, que aumentou 22% desde outubro do ano passado. Diante deste cenário, o Executivo chegou a recomendar que os argentinos evitem consumi-la para forçar o preço a baixar.

A recomendação foi feita pelo ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile, nesta quarta-feira (27/01): “o que nos resta é tomar consciência e trabalhar sobre o consumidor para que tenha em conta o nível de preços e se tiver que se abster de consumir, que o faça”, afirmou.

Inflação

Em 2015, os preços avançaram 26,9% apenas em Buenos Aires. Para este ano, o governo projeta que subam entre 20% e 25%. Economistas, porém, preveem que, com a redução dos subsídios, a inflação passará dos 30%.

Opera Mundi

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