Citado em três delações premiadas como organizador de esquemas de propinas e receptor de dinheiro ilegal, Aécio Neves comemorou a ação contra Lula que conduziu coercitivamente o ex-presidente a depor. Ontem, o senador tucano pediu a renúncia de Dilma após a divulgação da reportagem da IstoÉ
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais líderes da oposição, comentou em nota a 24ª fase da Operação Lava Jato, que, entre outros mandados, conduziu coercitivamente o ex-presidente Lula para depor.
Segundo Aécio, o “avanço da Operação Lava Jato é um passo definitivo para que os brasileiros possam ter acesso à verdade que há muito tempo vem sendo sonegada ao país”.
Ele também pediu que as pessoas apoiem a força-tarefa: “O dia de hoje exigirá de todos nós coragem e serenidade. Os graves indícios de irregularidades e crimes cometidos à sombra do projeto de poder do PT finalmente estão vindo à luz. Vamos continuar apoiando as investigações. O Brasil merece conhecer a verdade”.
De acordo com as últimas pesquisas eleitorais dos institutos Datafolha e MDA, Lula é a principal ameaça para os planos de Aécio de se tornar presidente da República em 2018.
Dilma
Ontem, em discurso no Senado Federal, Aécio pediu a renúncia da presidente Dilma Rousseff após a divulgação da reportagem da IstoÉ que tratava da suposta delação premiada de Delcídio Amaral.
“Será que não está no momento da presidente, em um gesto de grandeza, pensando não no seu partido mas no seu País, renunciar ao mandato de presidente da República”, indagou.
Segundo o senador tucano, a partir desta renúncia, o País poderia passar por uma transição e resgate da economia. “Para que a partir deste gesto, nós possamos iniciar uma grande agenda de retomada da confiança, dos investimentos e dos empregos para os brasileiros”, afirmou.
Citado em delações
Aécio Neves já foi citado por três delatores da Lava Jato como organizador de esquemas de propinas e receptor de recursos desviados.
Na primeira, o doleiro Alberto Youssef aponta Aécio como o mentor intelectual de um mensalão em Furnas, que distribuía mesadas de US$ 100 mil a parlamentares – entre eles, o finado José Janene, que foi sócio de Youssef.
Vídeo:
Na segunda delação, o lobista Fernando Moura afirma que um terço da propina em Furnas era destinada ao líder da oposição:
Na terceira, o entregador de propinas “Ceará” diz que Aécio era “o mais chato” cobrador das entregas de recursos da empreiteira UTC:
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