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Ator Érico Brás diz ter sido vítima de racismo em voo da Avianca

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Érico Brás é retirado de avião pela Polícia Federal após confusão envolvendo ele, sua esposa e funcionários da Avianca. Ator reclamou da postura do comandante do voo: “O tratamento é típico de racismo. Pelo fato de eles acharem que podem tratar as pessoas negras assim”

Érico Brás, ator brasileiro (reprodução)

Érico Brás passou por uma situação nada agradável na manhã desta quinta-feira (31). O ator do “Zorra” e que participou das cinco temporadas de “Tapas & Beijos”, foi expulso de um voo da empresa Avianca que seguia de Salvador para o Rio de Janeiro, de acordo com a colunista Patricia Kogut, do jornal “O Globo”.

O ator e a mulher, Kênia Maria estavam no avião prestes a decolar, quando foram retirados pela Polícia Federal. Ele classificou o epidódio como racismo, assim como o ocorrido recentemente com Taís Araújo, que comemorou a prisão dos agressores.

Segundo Érico, a confusão começou quando Kênia tentou guardar sua bolsa debaixo da poltrona da frente. “Eu e ela sentaríamos nas cadeiras do meio e no corredor. Um passageiro chegou para sentar na janela e nos levantamos. O avião estava cheio e o compartimento de bagagem lotado. Quando ela foi guardar a bolsa embaixo da cadeira, o que é um procedimento padrão, o próprio comandante, que é branco, veio e disse que não poderia ser ali. Foi extremamente grosseiro e mal educado“, contou à publicação.

O ator, que em 2015 participou do “Dança dos Famosos”, disse que, com a confusão, a Polícia Federal foi acionada para retirá-lo. “Disse que não tinha motivo para sair do voo e eles me falaram que eu era uma ameaça. Não sou terrorista“, desabafou Érico. Além dele e da mulher, mais oitos passageiros desembarcaram em solidariedade.

Érico pretende processar a empresa: “Me senti extremamente impotente. Infelizmente esse é o tipo de tratamento. As pessoas te olham por causa da sua cor. Registrei uma denúncia na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e vou acionar meus advogados quando chegar no Rio“, afirmou.

À publicação, a Avianca disse que “mantém a sua prioridade na segurança de voo, em respeito a todos os seus passageiros. No caso referido, a Polícia Federal foi acionada, como é praxe no setor, porque um grupo de clientes recusou-se a seguir as orientações dos comissários sobre a acomodação das bagagens”.

Caroline Moliari, Purepeople

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