“Se me deixarem solto, viro presidente de novo. Se me matarem, viro mártir”. Usando “interlocutores anônimos” como fonte, Estadão transforma corrente de WhatsApp que circula desde sexta-feira em frase dita por Lula. Matéria foi colocada em destaque no portal do jornal e foi reproduzida por Folha/UOL, Exame e Valor
O jornal O Estado de S. Paulo publicou, na manhã desta quarta-feira (9), uma matéria em que reproduz mais uma suposta fala de Lula. De acordo com a publicação da família Mesquita, o ex-presidente teria feito uma “avaliação positiva” da operação da Polícia Federal que o conduziu de forma coercitiva para um depoimento na última sexta-feira (4).
“A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E, se me deixarem solto, viro presidente de novo”, teria, segundo o jornal, dito o ex-presidente na coletiva concedida após o depoimento que prestou na semana passada.
A frase, no entanto, nunca foi dita pelo ex-presidente e não passa de uma corrente que circula no WhatsApp e em outras redes sociais, segundo o Instituto Lula. “Inventaram. Tiraram de corrente. Já conhecíamos a frase faz tempo”, disse à reportagem da Fórum a assessoria de imprensa do instituto.
No Facebook do ex-presidente, uma postagem já desmente a informação.
“A mensagem de apoio a Lula que o Estadão credita ao próprio ex-presidente é velha conhecida da Equipe Lula: trata-se de corrente que circula o Whatsapp e os comentários no Facebook desde a sexta-feira. Na sanha de construir audiência usando o nome de Lula, o Estadão, que na tarde de hoje dedica 12 chamadas em sua capa ao ex-presidente, parece ter reduzido o critério para colher relatos anônimos sobre o que Lula disse ou deixou de dizer”, escreveu a equipe da entidade.
A mensagem de apoio a Lula que o Estadão credita ao próprio ex-presidente é velha conhecida da #EquipeLula: trata-se de…
Publicado por Lula em Quarta, 9 de março de 2016
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A partir da matéria do Estadão, a fala foi reproduzida também por outros portais, como Folha de S. Paulo/UOL, Exame e Valor.
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