Míriam Leitão, da Rede Globo, comemorou a condução coercitiva de Lula com o argumento de que 'no Brasil não há mais pessoas intocáveis'. Na prática, porém, a realidade é bem diferente
Nesta sexta-feira, um internauta rebateu a jornalista Miriam Leitão no Twitter.
Ao publicar o texto: “PF na casa de Lula mostra que no país não há pessoa intocável”, a colunista de O Globo recebeu uma resposta pontual:
“Há sim, Alckmin, os deputados ladrões de merenda, os Marinhos, Aécio e os Perrela. Você é jornalista, mas parece ser cega”, escreveu.
Ainda ontem, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal, afirmou em entrevista coletiva que a operação Lava Jato investiga supostos crimes sem direcionamento político.
Carlos Fernando tentou contrariar as denotações políticas da Operação, em nome do “republicanismo” e da moralidade.
“O Brasil está polarizado nesta questão. Há muito maniqueísmo entre ‘governo pró-partido’ e ‘contrários’. Não há nenhum maniqueísmo que oriente a Polícia Federal, o MPF e a Justiça, que não seja o legal versus o ilegal”, afirmou.
O jornalista Luis Nassif discorda do procurador e considera que é “evidente que há intocáveis na Lava Jato”.
“Carlos Fernando diz que não há intocáveis. É evidente que há. Aécio Neves é intocável”, afirmou Nassif, por meio de sua conta no Twitter.
Mais comemoração
Não foi só Miriam Leitão que comemorou a ação da Lava Jato contra o ex-presidente Lula. Em sua coluna no Estadão, a jornalista Eliane Cantanhêde celebrou “a morte do PT”.
“Com Lula depondo na Polícia Federal e acossado, junto com a presidente Dilma Rousseff, pela delação premiada do ex-líder do governo Delcídio Amaral, não há outra conclusão possível senão a óbvia: é o fim do projeto do PT, o fim de uma era”, escreveu a colunista.
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“A possibilidade de impeachment de Dilma é cada vez mais real e a próxima etapa de todo esse processo deve ocorrer nas ruas. Vêm aí as manifestações do dia 13 contra Dilma, Lula e o PT”, convocou.
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