Redação Pragmatismo
Direita 10/Mar/2016 às 14:19 COMENTÁRIOS
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Historiador defende que Lula não seja assassinado e é ameaçado em Curitiba

Publicado em 10 Mar, 2016 às 14h19

Historiador é ameaçado em Curitiba por defender que Lula não deve ser assassinado. Homem que gritava dentro de agência bancária “Tem que matar o Lula! Tem que matar o Lula!” foi ao cursinho onde Renato Mocellin dá aulas para “resolver pendências” com ele

Renato Mocellin Lula curitiba
(Imagem: o professor Renato Mocellin)

Revista Fórum

Autor de dezenas de livros de História e professor de cursinho em Curitiba (PR), Renato Mocellin recebeu ameaças de um rapaz com quem argumentou em uma agência bancária. O historiador contestou o homem que defendia o assassinato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Tem que matar o Lula! Tem que matar o Lula!”, gritava o rapaz dentro da agência. Mocellin tentou dizer que não se resolviam as coisas dessa forma e que era necessário, caso o ex-presidente seja culpado de algum delito, o respeito ao processo legal. Foi aí que o interlocutor perdeu a calma.

“Você é um petista. Seu fdp”, disse o homem, ameaçando agredir o historiador que, a essa altura, também admitiu reagir.

Passada a discussão, na última terça (8), ao sair da aula do cursinho onde trabalha, recebeu um bilhete da secretária relatando que a mesma pessoa, transtornada, havia ido ao local argumentando que precisava “resolver umas pendências”. Mocellin foi à polícia e registrou boletim de ocorrência.

“Eu nem sou petista. Até sou de esquerda, mas não sou filiado a partido nenhum. Acho que o governo cometeu erros sim e que quem for culpado tem que pagar. Mas não é matando as pessoas. Existe lei pra isso”, disse o professor ao jornal Gazeta do Povo.

O episódio chegou até a Assembleia Legislativa do Paraná.

O presidente da comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deputado estadual Tadeu Veneri (PT), disse na tribuna da Casa que apelar para a violência em um episódio como esse é algo injustificável.

“Ninguém tem o direito de ameaçar ninguém ainda mais porque divergiu de uma opinião. Divergências não se resolvem no braço. Isso é crime”, disse o parlamentar, que contou com o apoio de colegas críticos a Lula, como o deputado Pedro Lupion (DEM).

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