Informação falsa e imagem montada foram espalhados não só pelo blogueiro da Veja, mas por diversos veículos de comunicação, páginas do Facebook e políticos brasileiros que dispõem de influência e alcance nas redes sociais
O blogueiro de Veja Reinaldo Azevedo publicou uma retratação após publicar e espalhar que um homem detido com dinheiro em Brasília tinha ligação com o MST e havia tirado selfie com Guilherme Boulos (MTST) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
“A informação de que a pessoa que acompanhava João Pedro Stedile, Guilherme Boulos e o senador Lindbergh Farias num voo de Brasília para São Paulo era o militante sem-terra João Carlos Santos, detido com R$ 20 mil em Brasília, estava errada”, escreveu Azevedo, que pediu desculpas e declarou que excluiu o post.
Não apenas Reinaldo Azevedo, mas diversos veículos de comunicação e políticos brasileiros que dispõem de longo alcance na internet, como Ronaldo Caiado (DEM-GO), espalharam a falsa informação de que o rapaz era do MST e sugeriram que o dinheiro que portava seria distribuído entre supostos manifestantes.
A Polícia Civil do Distrito Federal declarou que o homem detido não é do Movimento Sem Terra e nem ligado a nenhum partido político.
De acordo com o delegado Paulo Henrique e Almeida, diretor de Comunicação da Polícia Civil, o homem carregava R$ 13 mil (e não R$ 20 mil) e explicou que se tratava de uma rescisão trabalhista que recebera.
Segundo o delegado, Santos, além de explicar o dinheiro que levava consigo, negou fazer parte do MST e foi liberado, por não haver nada que o incriminasse.
Leia a íntegra do pedido de desculpas de Reinaldo Azevedo:
Sem-terra que aparece com Stedile, Boulos e Lindbergh não era o que foi preso com dinheiro. Peço desculpas às personagens envolvidas no erro e aos leitores.
A informação de que a pessoa que acompanhava João Pedro Stedile, Guilherme Boulos e o senador Lindbergh Farias num voo de Brasília para São Paulo era o militante sem-terra João Carlos Santos, detido com R$ 20 mil em Brasília, estava errada.
Não é ele. Trata-se de João Paulo Rodrigues, também do MST.
As circunstâncias do erro não importam. O fato é que me desculpo com os leitores e com as personagens envolvidas no erro: Stedile, Boulos e Lindbergh.
Já excluí o post.
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